

Sem categoria
Bolsonaro diz que deputado do DEM é cotado para assumir Saúde
Presidente eleito afirma que Luiz Henrique Mandetta poderá assumir pasta no novo governo
Fábio Grellet, O Estado de S.Paulo
Caso o nome de Mandetta seja confirmado, será o terceiro parlamentar do DEM no futuro ministério de Bolsonaro. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) vai assumir a Casa-Civil e a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) vai comandar a pasta da Agricultura.
Bolsonaro confia na indicação
Sobre a nomeação de Joaquim Levy para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bolsonaro disse confiar na escolha feita por seu futuro ministro da Economia: “Tem uma reação, tendo em vista ele (Levy) ter servido a Dilma (Rousseff) e (Sérgio) Cabral, mas não tem nenhum processo contra ele. Esse é o argumento do Paulo Guedes, e eu tenho que acreditar. Na primeira semana não vai ter mais sigilo no BNDES. Eu não sei o Joaquim Levy (se quer abrir o sigilo do BNDES). Meu contato é com o Paulo Guedes, ele é que vai abrir. Se não abrir, alguma coisa vai acontecer”, afirmou Bolsonaro.
O presidente eleito afirmou que durante reunião com Guedes na manhã desta segunda-feira, 12, também conversou sobre a reforma da Previdência: “A gente acha que dificilmente se aprova alguma coisa neste ano. A reforma que está aí não é a que eu e Onyx Lorenzoni queremos. Tem que reformar a Previdência, mas não apenas olhando números, tem que olhar o social também. O meu trabalho e o seu são diferentes de quem trabalha na construção civil, por exemplo. Tem que ter coração também. Tem que começar com a Previdência pública”, afirmou.
Jair Bolsonaro, monta ministério para futuro governo Foto: Pilar Olivares / Reuters
Bolsonaro afirmou que não há “nada definido” sobre cargos na Petrobrás: “Só especulações, tem nomes aparecendo, mas (o futuro ministro da Economia) Paulo Guedes não bateu o martelo ainda. Amanhã (terça-feira) Paulo Guedes pode definir mais algum nome”.
Presidente eleito vai a Brasília nesta terça-feira
Bolsonaro vai a Brasília nesta terça-feira e ficará na capital federal até quarta. “Tenho três visitas institucionais: vou ao Banco do Brasil, passo a manhã toda lá, no dia seguinte também passo o dia no Banco do Brasil. As visitas institucionais são Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar(STM)”.
O presidente eleito também tem compromissos na Câmara e no Senado: “Devo tomar um café com Rodrigo Maia na quarta-feira de manhã. Houve até um mal entendido. Eu disse pra minha assessoria que queria visitar a Câmara e o Senado, aí eles marcaram audiência (com Rodrigo Maia e Eunício Oliveira), mas o que eu quero é o plenário. Não quero audiência porque eles falam comigo por telefone, não precisa de audiência. Aí cancelaram as audiências. O que eu quero é andar pela Câmara, que é minha casa, andar pelo Senado, apertar a mão de parlamentares”.
Sobre o orçamento para 2019, Bolsonaro afirmou que qualquer mudança gera “chiadeira” dos parlamentares: “Vamos supor que o Paulo Guedes queira tirar R$ 100 milhões de um lugar e colocar em outro. Vai ter chiadeira. Tenho conversado com Paulo Guedes, ele tem pouca experiência política, reconhece isso. O orçamento é igual aquele castelo de cartas: mexeu num lugar, cai tudo, e a chiadeira de deputados e senadores é grande. Se ele quiser mexer (no Orçamento), provavelmente não serão R$ 100 milhões, serão alguns bilhões”.
Bolsonaro também falou sobre seu futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro: “Ele não pode tudo, assim como eu não posso tudo. Ele quer levar adiante o sonho de combater a corrupção e o crime organizado”, afirmou.