2019 iniciou com aumento recorde, em janeiro, no preço do feijão consumido pelos paraenses. A alta no preço do produto foi de 33,44% e nos últimos 12 meses chegou a quase 42,00% contra uma inflação em torno de 4.00%
A alimentação básica dos paraenses continua com preços em alta. No mês passado (Jan/2019), a cesta básica no Pará apresentou reajuste de 0,65% e teve um custo de R$ 384,78 comprometendo na sua aquisição cerca de 42,00% do novo salário mínimo de R$ 998,00. A Alimentação ásica dos paraenses continua em alta, no mês passado, a Cesta Básica no Pará apresentou reajuste de 0,65% e teve um custo de R$ 384,78 comprometendo na sua aquisição cerca de 42,00% do novo salário mínimo de R$ 998,00.
No mês passado, vários produtos da cesta básica dos paraenses apresentaram aumentos de preços; o mais expressivo foi no preço do feijão. Segundo as pesquisas do Dieese/PA, em janeiro de 2018, o preço médio do quilo do feijão foi, em média, R$ 3,04 nos supermercados de Belém, e fechou o ano custando, em média, R$ 3,23. e no mês passado (Jan/2019), o produto teve uma alta expressiva e foi comercializado em média a R$ 4,31º quilo. Com isso o feijão consumido pelos paraenses de Belém apresentou alta de 33,44% no mês passado (Jan/2019) em relação a dezembro de 2018. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada no preço do produto alcançou 41,78% contra uma inflação estimada 4,00% para o mesmo período.
Custo da cesta básica
Mas 2019 começou mesmo com alta nos preços da alimentação básica dos paraenses. Em janeiro passado, a cesta básica comercializada em Belém apresentou aumento de preço de 0,65% e custou R$ 384,78. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, efetuada pelo Dieese, em janeiro, das 18 capitais pesquisadas 9 apresentaram elevações no valor total da Cesta e em outras 9, redução.
O Balanço efetuado pelo Dieese-PA, sobre as flutuações de preços da cesta básica em Belém, em janeiro de 2019, mostra que a maioria dos produtos pesquisados apresenta quedas de preços, com destaque para o leite com recuo para o leite (3,78%), seguido de tomate (3,16%); banana com queda de 2,03%; arroz (1,89%) e café (1,25%). Também no alguns produtos apresentaram altas de preços, com destaque para o feijão com reajuste de 33,44%, seguido do açúcar com alta de 8,54% e da carne bovina (1,33%)..
Segundo o Dieese/PA, no mês de janeiro passado, o custo da cesta básica para uma família paraense padrão, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.154,34 sendo necessários, portanto aproximadamente 1,15 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.
A pesquisa da Cesta Básica de alimentos dos paraenses comercializada em Belém, em janeiro de 2019, mostra ainda que para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador comprometeu quase 42,00% do novo salário mínimo de R$ 998,00 em vigor desde 01.01.2019, e teve que trabalhar 84 horas e 49 minutos das 220 horas previstas em Lei.
CUSTO DA CESTA BÁSICA 12 MESES
O Balanço do Dieese-PA mostra que nos últimos 12 meses, o custo da alimentação básica dos paraenses apresentou alta de 4,85% na capital, a inflação estimada para o mesmo período gira em torno de 3,5%. E que nos últimos 12 meses, a maioria dos produtos que compõem a alimentação básica dos paraenses apresentou alta de, com destaque para o feijão (acumulado de 41,78%), o tomate (21,63%); arroz (21,60%); leite (10,90%); pão (4,19%) e o açúcar (3,74%).
Também, no mesmo período analisado, alguns produtos apresentaram quedas de preços, com destaque para o café (4,61%), banana (6,61%); farinha de mandioca (3,09%) e carne bovina (2,75%).
As pesquisas mostram ainda que, com base no maior custo apurado para a Cesta Básica Nacional e levando em consideração o preceito Constitucional, que estabelece que o salário mínimo, deva ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Neste sentido, o Dieese/PA estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. No mês de Jan/2019, o salário mínimo oficial em vigor foi de R$ 998,00, mas o salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais para uma família deveria ter sido de R$ 3.828,73; Este valor é cerca de 3,94 vezes maior que o novo salário mínimo oficial de R$ 998,00 (em vigor desde 01.01.2019). O valor do salário mínimo necessário é calculado de acordo com a determinação da Lei que estabeleceu os valores da cesta básica nacional (decreto-lei N° 399/38) e também com base nos preceitos Constitucionais que norteiam o salário mínimo.
Em janeiro de 2019, das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese, São Paulo foi a que apresentou o maior valor da alimentação básica, com R$ 467,65; seguida do Rio de Janeiro (R$ 460,46) e Porto Alegre (R$ 441,65). No Balanço Nacional, Belém ficou entre as doze capitais mais caras do país no que diz respeito ao custo da alimentação básica. Também no mesmo mês, os menores valores médios da cesta foram observados em Recife (R$ 348,85) e Natal (R$ 351,83) .
Em termos de variação, no mês de Janeiro passado, entre as 18 capitais pesquisas pelo Dieese, que apresentaram elevações de preços a maior variação foi verificada em Vitória (ES), com 5,00%, seguida de João Pessoa (4,55%) e Natal (3,06%). Na outra ponta, as quedas mais expressivas foram registradas em Porto Alegre (4,96%), Florianópolis (4,43%) e Curitiba (4,16%).