Os preços dos itens básicos da alimentação ficaram bem mais caros no ano passado. Os aumentos constantes de preços têm elevado ainda mais o custo de vida no Pará. No mês passado (Dezembro/2021), por exemplo, a Cesta Básica voltou a ficar mais cara e com a maioria dos produtos que a compõem em alta, entre eles o açúcar.
As pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese/PA mostram que a alta verificadas no preço do quilo do açúcar, no ano passado (Janeiro-Dezembro/2021) foi bem superior a inflação estimada parao mesmo período.
O Dieese/PA pesquisa semanalmente os preços do quilo do açúcar (refinado) em supermercados da capital. Nos últimos 12 meses, a trajetória de preços do quilo do produto foi a seguinte: Em Dezembro/2020, o preço do produto foi comercializado em média em supermercados da Capital a R$ 3,56. No inicio do ano passado (Janeiro/2021), foi comercializado em média a R$ 3,69; R$ 4,87 em novembro e, no mês passado (Dezembro/2021), foi comercializado em média a R$ 5,35.
Com isso, o preço do quilo do açúcar consumido pelos paraenses ficou quase 10,00% mais caro no mês passado (Dezembro/2021) em relação a Novembro/2021. Já no balanço do ano passado (Janeiro-Dezembro/2021), a alta acumulada no preço do produto alcançou mais de 50,00% contra uma inflação calculada em 10,16% (INPC/IBGE) para o mesmo período.
Também de acordo com as pesquisas do DIEESE/PA, como na Cesta Básica a previsão de consumo mensal de açúcar por trabalhador no Pará é de 3Kg, o gasto total no mês passado (Dezembro/2021) atingiu R$ 16,05, com um impacto de 1,58% em relação ao Salario Mínimo de R$ 1.100,00 (que vigorou até 31.12.2021). Já o tempo de trabalho necessário para adquirir o produto foi de 3h13 minnutos.
Imagem: Nazaré Sarmento/Ronabar