Depois que, por lei ambiental, as sacolas plásticas brancas de supermercados foram definitivamente suspensas, muitas polêmicas surgiram. Para minimizar os problemas, foram fabricadas as sacolas biodegradáveis, na cor verde que, inicialmente, começaram a ser vendidas, cobrança esta rapidamente suspensa pelas autoridades. Todavia, ainda hoje, ocorrem problemas na relação supermercado/cliente.

Foi o que aconteceu no sábado passado, 25, entre clientes e o Supermercado Paulista, localizado no distrito de Mosqueiro.
O estabelecimento é um dos mais famosos e bem frequentados da bucólica Mosqueiro, por se tratar do único supermercado do distrito com o padrão das grandes lojas da capital paraense. Ocorre que, no sábado, quem se dirigia ao local, tinha de comprar sacola para levar os produtos adquiridos ou então sair da loja com tudo às mãos.
José Maria da Silva, 64 anos, morador de Mosqueiro, foi um desses clientes. “Eu fiquei aborrecido, porque eles só me deram a opção de comprar a sacola, mas eu não queria comprar a sacola; então, eles poderiam perfeitamente me oferecer uma caixa de papelão para colocar minhas compras, mas ficaram olhando pra minha cara. Isso está certo? O cliente que se lixe?” indagou Da Silva.
Ainda de acordo com o morador, todo supermercado de Belém tem de oferecer as sacolas biodegradáveis e elas não têm taxa adicional, “até porque, já está tudo tão caro nos supermercados que o preço das sacolas já vem embutido no valor final das compras, mas no supermercado Paulista, eles queriam me vender sacolas diferentes, por preço mais caro e não me deram outra opção. Se eu não tivesse carro, ficaria difícil de levar minhas compras”, concluiu.
A reportagem de A PROVÍNCIA DO PARÁ entrou em contato com a direção do supermercado Paulista, de Mosqueiro, questionando acerca da situação. A resposta da loja foi que as sacolas biodegradáveis acabaram mais cedo em razão da demanda alta de compra e vendas ocorridas no sábado. Afirmou que a loja não vende as sacolas biodegradáveis, mas que há sacolas industrializadas à venda e que irá apurar por que alguns clientes saíram do local levando compras às mãos sem o oferecimento de caixas para que os produtos fossem organizados.
Imagens: Nazaré Sarmento/Ronabar