A feira do Ver-o-Peso amanhece neste fim de semana repleta de frutas, sabores, cores e legumes típicos da região, com variados preços, tidos como os mais em conta da capital paraense. Belém, que começa a enfrentar a fase de mudança de clima, passando do período mais chuvoso chamado “inverno amazônico”, para o mais quente, chamado “verão amazônico”, também começa a experimentar a mudança de sabores de seus frutos.
No período do inverno, compreendido entre meados de dezembro a finais de abril, as frutas mais encontradas no Ver-o-Peso, além das já tradicionais, como banana de várias espécies, laranja, mamão e goiaba, são a pupunha, o cupuaçu, a manga regional, taperebá, muruci, mari, uxi, graviola, biribá entre uma infinidade de outros frutos. Eles são encontrados com preços variados.
Agora, em pleno maio, tempo de altas temperaturas nestas bandas, as frutas mais encontradas, além das tradicionais anteriormente citadas, são o abacaxi, a melancia, o melão, além de uvas e também a pitaia, que chega com força total, com alto teor energético e próprio para quem está com a saúde debilitada, especialmente nestes tempos de pandemia.

Foto: Divulgação
No Ver-o-Peso, a penca da banana branca pode ser encontrada a partir de R$ 5,00. Nas demais feiras e supermercados, os preços são mais caros no mínimo 40%. Também o abacate, que tem preços absurdos nas redes supermercadistas, pode ser adquirido com valores mais em conta.
Segundo feirantes do Ver-o-Peso, não está dando para fazer grandes promoções, porque o preço do frete está absurdo, além dos impostos. No entanto, dizem que se o cliente souber negociar, pode conseguir bons descontos, especialmente no “final da feira” (a partir do meio-dia), já que as frutas são produtos altamente perecíveis, que estragam com mais facilidade em razão do clima quente, sol forte. “Melhor vender e tirar ao menos o capital”, explica João Ferreira, que trabalha há 37 anos no loca, com vendas de frutas variadas.

Foto: Divulgação
Conforme disse João para A PROVÍNCIA DO PARÁ, ele costuma colocar produtos variados em sua banca. No entanto, diz ter certo receio de apostar em produtos não tão de costume do paraense, exemplo da pitaia e do caqui, que são frutos já conhecidos, mas que não estão ainda no gosto e no coração do paraense.
Dona Ana Cristina foi a feira na manhã deste sábado, 22. Ela disse que foi ao Ver-o-Peso para dar uma olhada em algumas coisas, mas que aproveitaria para levar umas frutas, já que os preços ali pareciam mais baratos do que os que são praticados em outras praças. Ela, que é pequena empresária, disse que levaria o que fosse possível, mas que sua preferência é a banana prata graúda, abacate, laranja pera e, talvez, mamão e uva “se estiver graúda e docinha”..

Foto: Divulgação
Outro feirante que preferiu não citar seu nome, explicou que os dias de maior movimento, no Ver-o-Peso, são a terça, sexta e sábado. Nos demais dias, segundo disse, há grande fluxo de pessoas, mas as vendas não são tão compensativas como ocorrem nesses dias. “Parece que na terça, sexta e sábado que são os dias de feira. As pessoas acreditam que nesses dias os produtos são mais novos, mais frescos e por isso, compram mais. Mas a gente tem produto bom, fresco e barato todo dia; que vêm pela Ceasa ou mesmo daqui da região das ilhas, de barco”, acrescentou.
Assim, hoje é dia de feira. Dia de aproveitar e também procurar por produtos melhores e preços mais barados.