Cerca de dez pessoas morreram e 40 ficaram feridas em um ataque com mísseis russos ao atingir um shopping center no centro da Ucrânia nesta segunda-feira, 27. A informação foi prestada pelo governador local, Dmytro Lunin, à agência Reuters.
Segundo Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, há feridos em estado grave em função do ataque com mísseis na cidade de Kremenchuk.
Na ocasião do ataque, segundo Zelensky, o shopping tinha mais de mil civis em seu interior.
No momento ainda não havia detalhes sobre as vítimas, mas Zelensky disse ser “impossível imaginar o número de vítimas”.
“Nenhum perigo para o exército russo. Sem valor estratégico. Apenas a tentativa das pessoas de viver uma vida normal, que tanto irrita os ocupantes”, declarou.
Kremenchuk é uma cidade industrial de 217 mil habitantes antes da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro. Está situada no rio Dnipro, na região de Poltava, e é o local da maior refinaria de petróleo da Ucrânia.
Vadym Denysenko, conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, disse que a Rússia poderia ter três motivos para o ataque. “O primeiro, sem dúvida, é semear o pânico, o segundo é… destruir nossa infraestrutura, e o terceiro é… aumentar as apostas para fazer com que o Ocidente civilizado volte a sentar-se à mesa para conversar”, disse ele.
A Rússia ainda não se pronunciou, mas anunciou nesta segunda-feira que o presidente Vladimir Putim fará sua primeira viagem internacional depois do começo das hostilidades com a Ucrânia e o mundo ocidental.
Putim irá ao Tadjiquistão e ao Turcomenistão amanhã e quarta-feira, dias 28 e 29 de junho, anunciou o Kremlin.
Em sua entrevista diária à mídia local, repercutida pela agência Tass, o porta-voz do governo, Dmitry Peskov, informou que Putin se reunirá com o presidente do Tadjiquistão, Emomali Rahmon, nessa terça-feira.
Já na quarta, o mandatário irá para um encontro de líderes do Mar Cáspio em Dushanbe, que conforme a emissora Rossiya 1, contará ainda com as presenças dos líderes do Azerbaijão, Cazaquistão e Irã.
Os dois países visitados, que são ex-repúblicas soviéticas, têm governos longamente aliados de Moscou – no caso de Rahmon, por exemplo, ele está no poder desde a queda da União Soviética, em 1992. Segundo a Tass, a visita ao Turcomenistão deveria ter ocorrido em setembro do ano passado, mas foi cancelada pelo fato de Putin ter contraído a Covid-19 e precisar ficar em isolamento. (Da redação de A PROVÍNCIA DO PARÁ com Ronabar e agências internacionais)
Imagem: Reuters/Reprodução
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