domingo, fevereiro 23, 2025
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DNA resolve mistério de ‘Virgem que chorava sangue’ na Itália

Material pertence à própria dona da estátua

Uma perícia pedida pelo Ministério Público da Itália desvendou o mistério por trás da “Virgem que chora sangue”, uma estatueta de Maria que reunia multidões de católicos às margens do Lago Bracciano, nos arredores de Roma.

Um exame de DNA realizado pela Universidade de Roma Tor Vergata indicou que o sangue visto na imagem da Virgem Maria é feminino e coincide com o da autoproclamada vidente Gisella Cardia, dona da escultura e organizadora dos encontros no Lago Bracciano.

Nascida como Maria Giuseppa Scarpulla, Cardia alegava receber mensagens da Virgem no terceiro dia de cada mês e garantia que a estatueta, proveniente de Medjugorje, cidade na Bósnia-Herzegovina onde também há relatos de aparições da mãe de Jesus, chorava lágrimas de sangue.

    Com isso, Cardia desenvolveu uma espécie de culto em torno da “Virgem de Trevignano”, nome do município onde ocorriam os encontros. Entre os “milagres” citados pela autoproclamada vidente está a multiplicação de pizza e nhoque em jantares organizados por ela.

    A advogada da mulher, Solange Marchignoli, disse que vai aguardar ter acesso ao laudo para se pronunciar e que era esperado encontrar o DNA de sua cliente na estátua, uma vez que ela “manipulou e beijou” o objeto.

    “Alguém conhece o DNA da Virgem Maria? Alguém sabe dizer? Eu não tenho respostas”, declarou.

    Em junho de 2024, o Dicastério para a Doutrina da Fé, principal órgão do Vaticano em matéria de teologia, já havia descartado a veracidade de supostos eventos sobrenaturais ligados à Virgem de Trevignano e pedido que os fiéis não venerassem a escultura.

    Cardia é alvo de uma investigação do Ministério Público por suspeita de fraude.

Reprodução: terra.com

Imagem: Internet

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