A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, falou publicamente sobre a repercussão do seu vídeo pessoal que viralizou nas redes e que foi usado por pessoa inescrupulosa, certamente, com objetivo de lhe prejudicar politicamente. Na gravação, ela aparece dançando forró de biquíni, em um momento de lazer. O conteúdo, segundo Patrícia, havia sido publicado inicialmente em um perfil privado com apenas 185 seguidores. No entanto, alguém teria gravado a tela e compartilhado o vídeo sem autorização.
Patrícia Alencar, diante do vazamento, optou por postar o conteúdo em seu perfil oficial, que agora soma mais de 1 milhão de seguidores. Ela se disse profundamente ferida com a exposição. O vídeo era do Instagram privado da prefeita, com pessoas que ela selecionou e o espaço é usado para mostrar o seu lado pessoal, longe das funções públicas.
Ela também abordou o julgamento sofrido, especialmente vindo de outras mulheres, e destacou a necessidade de mais empatia e união feminina.
“Não adianta falar em sororidade e não praticar. Porque, infelizmente, boa parte dos comentários preconceituosos são de mulheres”, afirmou. Patrícia reforçou que esse tipo de ataque é mais um reflexo da violência política de gênero, e defendeu que o debate sobre o tema precisa ser ampliado no Brasil.
“Me sinto extremamente violada, porque esse vídeo eu compartilhei há mais ou menos 15 dias atrás em um Instagram privado, onde eu escolhi os seguidores daquele Instagram a dedo. Tantas e tantas solicitações eu tinha, e eu escolhi apenas 186 pessoas para compartilhar o momento da Patrícia”, disse a prefeita.
Ainda segundo Patrícia, “eu nunca postei absolutamente nada envolvendo o meu profissionalismo, o meu trabalho, e eu fui traída por uma pessoa que estava dentro desse Instagram”.
E acrescenta:
“Diante de toda repercussão, só nos faz ter a certeza do quanto nós vivemos em uma sociedade machista, o quanto nós vivemos em uma sociedade preconceituosa, e o quanto isso ainda está vivo nos dias de hoje. E aí vem um alerta: o quão é preciso nós, mulheres, darmos as mãos para praticar de verdade a sororidade, porque não adianta falar por boca e não praticar”.
“Tivemos casos no nosso Estado, vemos casos praticamente todos os dias no Brasil como um todo, e até quando a gente vai aceitar isso? Até quando a gente vai achar que isso está dentro da normalidade?”, finaliza a gestora de Maribua.
Acompanhe o pronunciamento de Patrícia Alencar:
Da Redação de A PROVÍNCIA DO PARÁ/Imagem: Reprodução
