Na madrugada desta segunda-feira (8), a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré reabriu suas portas com solenidade, celebrando o Dia Municipal de Nossa Senhora de Nazaré e a Natividade da Virgem Maria data de grande simbolismo religioso e cultural em Belém.
Após sete dias de fechamento, o templo foi reaberto para a realização da primeira de quatro missas especiais. A reabertura representa não apenas um rito de fé, mas também a culminância de uma restauração interna que durou 21 meses, viabilizada por recursos do Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet.
A programação do dia foi intensa e carregada de significado. Pela manhã, os fiéis acompanharam a Missa das 7h, com a entrada da Imagem Original no presbitério. Às 9h, houve o acendimento das luzes das capelas laterais e a colocação das insígnias no altar. Ao meio-dia, a celebração incluiu o Transepto iluminado e um Ato de Memória em homenagem ao primeiro Círio, ocorrido em 1793. À noite, às 18h, ocorreu a Missa Solene de Reabertura, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Júlio Endi Akamine, e concelebrada pelos Padres Barnabitas, curadores do templo desde 1905.
Um momento tocante do dia foi a “saída” da Imagem Original rito raro que só havia ocorrido em ocasiões excepcionais como a visita do Papa João Paulo II (1980), o Círio 200 (1992) e a descida da Imagem em 2021. A tradição simboliza a ligação espiritual entre o passado e o presente da festa de Nazaré.
O Dia de Nossa Senhora de Nazaré ganhou ainda mais relevância ao coincidir com a entrega da primeira restauração completa da Basílica desde 1920. A reabertura reaviva o legado de 325 anos da presença da Virgem em Belém desde seu encontro em 1700 nas margens do Igarapé Murucutu até sua entronização no templo atual.
Imagem: Davi Corrêa
