O Encontro+B 2025, realizado em Belém, transformou vozes da Amazônia e da América Latina em uma carta colaborativa com diretrizes para promoção da justiça climática e sustentabilidade um importante legado para a COP30. O documento foi construído com a participação de cerca de 1.000 lideranças comunitárias, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pequenos produtores e extrativistas, além de representantes empresariais e públicas de mais de 20 países. Cerca de 30% dos participantes eram representantes locais, reforçando a representatividade regional na mobilização.
O texto coletivo valoriza o protagonismo dos povos originários e comunidades tradicionais, resgata saberes ancestrais e defende uma transição socioeconômica justa e inclusiva. O manifesto reforça a necessidade de mobilizar empresas, sociedade e governos em torno de ações concretas que conciliem desenvolvimento, bem-estar social e limites ambientais. Além disso, faz um chamado ético e urgente à COP30, reafirmando sua responsabilidade de agir com base na ciência e nos saberes tradicionais.

A carta foi elaborada durante o evento na Universidade Federal do Pará (UFPA), organizado pelo Sistema B Brasil, com apoio de instituições como Natura, Gerdau, Agro Sustentable, IDRC e Sistema B Uruguai. O documento também integra a iniciativa Balanço Ético Global, promovida pelo governo federal, ONU e COP30.
Participantes como Rodrigo Gaspar (co-CEO do Sistema B Brasil) ressaltaram que “colaboração não é opção, é condição de sobrevivência”. Já Jéssica Silva, também co-CEO, destacou: “Nossa mensagem é um chamado à escuta: o futuro será construído com quem sempre foi silenciado.” E Cinthia Gherardi afirmou que já não basta imaginar uma nova economia é preciso financiá-la e torná-la realidade.