Técnica é indicada para quem precisa ler um grande volume de textos e reter o conteúdo de modo eficiente
Heloísa Noronha, colaboração para a CNN
O método de leitura ativa SQ3R tem se mostrado uma estratégia eficaz para estudantes que precisam lidar com grandes volumes de texto, como universitários e concurseiros. A técnica, segundo explica Osmar Savioli Jr., diretor do Colégio Progresso de Itu (SP), ajuda a tornar a leitura mais produtiva e a retenção de informações mais consistente.
A sigla SQ3R corresponde a cinco etapas que estimulam a concentração e a compreensão do conteúdo:
- Survey (Explorar): observar títulos, subtítulos, gráficos e resumos para ter uma visão geral do material;
- Question (Questionar): transformar títulos em perguntas, estabelecendo objetivos claros para a leitura;
- Read (Ler): percorrer o texto em busca das respostas;
- Recite (Recitar): relembrar em voz alta ou por escrito os pontos principais;
- Review (Revisar): retomar o conteúdo, consolidando o aprendizado.
Embora possa ser aplicado em diferentes áreas do conhecimento, o método é especialmente útil em disciplinas das Humanidades, Ciências Sociais e Literatura, onde os textos costumam ser mais densos. Por isso, Osmar recomenda que os estudantes incorporem a técnica de forma recorrente em sua rotina de estudos, especialmente em períodos de maior carga de leitura. “Ela pode ser usada em todas as sessões de estudo. Em fases intensas, como antes de provas ou concursos, é interessante aplicá-la de duas a quatro vezes por semana”, afirma o educador.
O especialista alerta, no entanto, para erros comuns que podem comprometer os resultados:
- ler de forma passiva, sem questionar ou recitar;
- pular a etapa de revisão, considerada indispensável;
- saltar fases por achá-las repetitivas ou monótonas.
Além disso, uma dica extra para potencializar os resultados é adotar revisões espaçadas — uma semana, um mês e mais adiante — e compartilhar o conteúdo com colegas. “Explicar para outra pessoa o que se entendeu é um dos recursos mais poderosos de fixação”, completa o educador.
Foto: Freepik
