domingo, fevereiro 23, 2025
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Companhia aérea é condenada a indenizar Simony em R$ 21 mil após negar embarque para o Brasil

Na ação, empresa afirmou que artista agrediu funcionária após ser informada de que não poderia levar bagagem com medicamentos; defesa negou

A Justiça de São Paulo condenou a companhia aérea Delta Air Lines a indenizar Simony em mais de R$ 21 mil, após a cantora e sua família serem barrados no embarque de Orlando, nos Estados Unidos, para o Brasil, em fevereiro de 2024. À época, a artista passava por tratamento contra um câncer.

Na ocasião, Simony estava em uma cadeira de rodas antes de embacar. Durante o procedimento, a cantora foi informada de que não poderia levar a bagagem de mão, em que transportava as medicações, no interior da aeronave.

A empresa afirmou, na ação, que Simony passou a gritar, se levantou da cadeira de rodas e segurou uma funcionária pelo braço. 

“Simony não apenas se recusou a atender às orientações, mas também teve comportamento agressivo com a funcionária, gritando, ofendendo-a e agredindo-a fisicamente”, afirmou a Delta no processo. A companhia aérea ainda anexou o depoimento da funcionária supostamente agredida. 

A Delta ainda citou que Simony transportava bagagens de mão em excesso e que poderia ter reorganizado os medicamentos em uma única mala, mas a cantora teria se recusado a acatar a orientação. 

A defesa da cantora, no entanto, reiterou que as câmeras do aeroporto provam que não houve registro de agressão. “Este episódio jamais ocorreu, pois não é da índole dos autores, até mesmo em razão de Simony estar, no presente momento, em tratamento contra o câncer”.

Simony, por meio de sua advogada, afirmou que não houve justificativa plausível para o embarque ser negado. A defesa citou, ainda, que a família da cantora foi obrigada a permanecer nos Estados Unidos, sem apoio da companhia aérea, e teve de comprar novas passagens para voltar ao Brasil. 

O juiz responsável pelo caso, Marcos Vinicius Krause Bierhalz, acatou a argumentação da defesa de Simony e apontou, em decisão, que a empresa não apresentou provas sobre a suposta agressão contra a funcionária, citando câmeras do aeroporto e testemunhas que estavam no terminal. 

“É imperioso reconhecer que a autora [Simony] foi submetida à situação peculiar, conquanto estivesse se valendo de cadeira de rodas e apesar de exigir que sua bagagem de mão, com seus medicamentos, a acompanhasse na aeronave. O fato, além da espera por novo voo, ensejou situação constrangedora, com acionamento policial e conturbação anormal o que reputo suficiente para a configuração dalesão à esfera de direitos da personalidade”, afirmou o juiz. 

O magistrado decidiu que Simony fosse indenizada em R$ 21.388, valor que ainda será acrescido de juros e correção, contemplando a restituição das passagens e pagamento por danos morais. A companhia aérea ainda pode recorrer da decisão. 

Simony foi alçada ao sucesso nacional com o grupo musical infantil Turma do Balão Mágico, lançado em 1982. Em 2022, a cantora foi diagnosticada com câncer de intestino. No fim de 2024, ela celebrou a remissão: “Continuo zerada, conforme o último exame. Vai fazer um ano que recebi esse ‘milagre’ na minha vida”.

Reprodução: Terra.com.

Foto: Internet

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