quarta-feira, agosto 27, 2025
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Frio prolongado afeta produção de tomate e faz preços dispararem

Temperaturas mais baixas por um período de tempo maior fizeram o preço de 9 kg da fruta subirem de R$ 58, em janeiro, para R$ 97, em junho, quando começou o período mais frio do ano.

Por Vinícius Colini, Breno Alexandre, g1 ES e TV Gazeta

O clima ameno da Região Serrana do Espírito Santo costuma atrair visitantes para as montanhas capixabas, transformando o local em refúgio para quem busca descanso. Mas, o mesmo frio agrada aos turistas, preocupa agricultores da região. A queda nos termômetros afeta diretamente o cultivo do tomate, uma cultura sensível às baixas temperaturas, e faz os preços dispararem nesta época.

A temperatura ideal para germinação das sementes do tomateiro, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é de entre 15ºC e 25ºC. Para o desenvolvimento e produção, o tomateiro até suporta ampla variação de temperatura entre 10ºC e 34ºC.

Porém, nos municípios de Afonso Cláudio e Venda Nova do Imigrante, principais polos produtores de tomate no estado, as temperaturas mínimas chegaram a 9,7ºC e 6,1ºC, respectivamente, bem abaixo do que as plantas podem suportar, segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

Por conta disso, o tempo de colheita aumentou. Também devido às baixas temperaturas, o desenvolvimento dos frutos ficou comprometido. O resultado foi queda na produção. Com menos produto no mercado, os preços sobem.

O produtor rural Cássio Gobbi explicou que a colheita já é naturalmente menor no inverno. “Geralmente, os primeiros frutos começam a madurar em 70 dias. No inverno, esse período passa para 90, e a gente colhe menos vezes por semana”, analisou. Mas com o frio intenso, menos frutas se desenvolveram no tempo certo.

O produtor de tomate-cereja, Bruno Cesconetto, pontuou que a produção do fruto neste ano deve ser 35% menor do que no ano passado, que foi de cerca de 380 toneladas.

Este ano, estamos tendo um inverno com temperaturas baixas mais prolongadas. Geralmente, temos picos de frio, mas com temperaturas normais. Neste ano, as temperaturas estão baixas há mais de 90 dias, o que nos faz colher menos. Uma vez que estamos colhendo menos, a planta tem um ciclo mais longo”

— Bruno Cesconetto, produtor rural

frio pode impactar até mesmo as vendas para o Natal, época em que aumenta a procura pelo tomate-cereja.

Bruno Cesconetto explicou que a planta, que deveria estar madurando agora, ainda vai levar mais um tempo para se desenvolver por conta do frio prolongado. Com isso, os produtores perdem uma janela de semeio para atender a essa data.

Menos oferta, maior preço

atraso na maturação fez com que os produtores colhessem menos frutos durante o inverno. “Caiu muito a oferta, mas a demanda ainda é a mesma, o que faz os preços subirem”, ressaltou Bruno Cesconetto.

Foto: Reprodução / TV Gazeta

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