O governo federal elevou a previsão de arrecadação com o Imposto de Importação e incluiu R$ 14 bilhões extras no Orçamento de 2026. A mudança foi aprovada nesta quarta-feira (10) pela Comissão Mista do Orçamento, em Brasília. A estimativa considera o aumento de alíquotas sobre alguns produtos, decisões comerciais adotadas ao longo de 2025 e a expectativa de crescimento das importações no próximo ano.
A definição das alíquotas é feita pelo Comitê Executivo de Gestão da Camex, formado por ministérios, sem necessidade de aval do Congresso. A regra facilita o ajuste fiscal em meio ao impasse entre os Poderes.
O novo cálculo foi inserido no parecer da senadora professora Dorinha (União Brasil-TO), relatora de receita do PLOA. No texto, ela cita medidas de defesa comercial solicitadas pelo setor produtivo.
Integrantes do governo admitem que o reforço via imposto de importação foi essencial para fechar as contas de 2026. A meta fiscal prevista é de superávit de R$ 34,3 bilhões, o equivalente a 0,25% do PIB.
A opção pelo imposto ocorreu após dificuldades em outras tentativas de arrecadação. O aumento do IOF gerou reação negativa e acabou parcialmente revisto.
Outras medidas, como uma MP negociada com o Congresso, não avançaram. O governo também tenta ampliar receitas com a taxação de bets e fintechs.
Com as mudanças, a previsão de receita bruta para 2026 subiu R$ 12,3 bilhões. Após repasses a estados e municípios, o ganho líquido estimado é de R$ 13,2 bilhões. As informações são do O Globo.
Fonte e imagem: Portal Pleno.News











