Em meio à crescente insatisfação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ampliou suas ações, com ocupação de terras no Rio Grande do Sul e no Pará. No município de Pedras Altas, duas propriedades foram ocupadas por famílias que ali se instalaram.
O MST também interditou a Ferrovia de Carajás, altura do município de Parauapebas, no sudeste do Pará desde ontem.
Na capital, Porto Alegre, militantes do grupo invasor concentraram-se na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), exigindo respostas do governo federal. No Pará, a Estrada de Ferro Carajás foi bloqueada em Parauapebas, aumentando a tensão na região.
Essas ações fazem parte do projeto “Natal com Terra”, com o objetivo de pressionar o Palácio do Planalto. O MST planeja novas invasões nos próximos dias, buscando acelerar a reforma agrária. O movimento argumenta que há mais de uma década não ocorrem processos significativos de reforma agrária.
Na sede do Incra em Porto Alegre, cerca de 1,5 mil famílias exigem a aceleração dos assentamentos. Eles pressionam o governo federal a agilizar a vistoria e a compra de terras. Segundo o Incra, há cerca de duzentos manifestantes acampados em seu pátio, e uma reunião foi marcada para a tarde.
MST QUER DEMISSÃO
Até ontem, terça-feira, 03, a pauta oficial ainda não havia sido entregue. Além da reforma agrária, o MST solicita a demissão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O governo federal aponta limitações orçamentárias para atender rapidamente às demandas.
A administração atual afirma que o programa de reforma agrária estava paralisado desde o governo de Michel Temer (MDB. Desde o início do terceiro mandato de Lula, o MST já realizou 35 invasões, um aumento de 150% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 14 ocupações.
Nos dois primeiros anos do governo Lula 3, os investimentos em reforma agrária foram menores que nos mandatos anteriores do PT. O segundo mandato de Lula teve a maior média anual, com R$ 3,675 bilhões.
Fonte Revista Oeste Imagem: Divulgação/MST