sexta-feira, novembro 22, 2024
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Justiça decide que motorista de Porsche vai a júri popular

A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, e levá-lo a júri popular para que seja julgado pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, e que também feriu outra pessoa que estava no veículo com Sastre. A defesa do empresário não foi localizada.

Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ainda não há data para ser realizado o julgamento. O juiz Roberto Zanichelli Cintra, responsável pelo caso, determinou que o réu permaneça detido por não existir qualquer novo fato que justifique a concessão de liberdade a Fernando.

RELEMBRE O CASO
Na madrugada de 31 de março deste ano, domingo de Páscoa, Fernando Andrade Filho dirigia um Porsche azul modelo 911 Carrera GTS, ano 2023, pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, quando atingiu a traseira do Renault Sandero que era dirigido por Ornaldo Viana.

No veículo de Sastre, no momento do acidente, também estava o amigo dele Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos.

Fernando deixou o local do acidente sem fazer exame de alcoolemia, conhecido popularmente como bafômetro. A mãe dele pediu autorização a uma policial militar para levá-lo ao hospital e foi autorizada, mas não levou o filho a nenhuma unidade de saúde. O motorista só se apresentou à Polícia Civil 38 horas após o acidente e, ao prestar depoimento, negou que houvesse consumido bebida alcoólica.

Uma simulação da Polícia Civil indicou que o Porsche estava a 134,6 km/h no momento do ocorrido, apesar de a velocidade máxima permitida nesse trecho da avenida ser de 50 km/h. Em 3 de maio, Fernando teve a prisão decretada, mas só se entregou três dias depois.

Na conclusão do inquérito, a Polícia Civil indiciou o motorista por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. Fernando foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a denúncia foi aceita pelo TJSP. O processo tramita na 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, sob o comando do juiz Cintra.

A primeira audiência relativa ao caso ocorreu na tarde de 28 de junho, quando 17 testemunhas prestaram depoimento – dez de acusação e sete de defesa. Uma das testemunhas afirmou que Andrade Filho ingeriu bebida alcoólica naquela noite. Atualmente, o motorista está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista.

*AE

Fonte: Pleno News Foto: Reprodução/TV Globo

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