A história da humanidade está intrinsecamente ligada às previsões futurísticas. Decisões técnicas muitas vezes dão lugar às recomendações absurdas de gurus endeusados pelos donos do poder e pagos a peso de ouro. O bom senso é trocado sem nenhum pudor pela magia dos falsos profetas.
O fenômeno é mais recorrente nos finais e inícios de ano. Os bruxos se multiplicam nessa época e desenham cenários absurdos em todas às áreas. Pessoais e coletivas.
Em comum, todos têm o despudor dos golpistas criminosos. Se locupletam com a ingenuidade das vítimas e a necessidade dessas pessoas de sonharem com a realização espiritual e material.
Um dos mais famosos videntes é Nostradamus, que usa metáforas e linguagem cifrada para citar fatos que somente Deus e pessoas designadas por Ele sabem.
O futuro a Deus pertence, dizem com sabedoria os humildes, conformados com seus destinos traçados pelo Senhor, apesar do livre arbítrio nos concedido justamente para Deus saber o que se passa em nossos corações.
A necessidade de saber o que o futuro nos reservou é uma das maiores falácias dos cristãos e não-cristãos. E bate de frente mais uma vez com a sabedoria do povo: colhemos o que plantamos. A clareza dessa máxima é inquestionável.
A vida eterna na Casa do Senhor só depende de nossos atos.
Texto: Raimundo Souza
* O autor é jornalista, integrante da equipe de articulistas de A PROVÍNCIA DO PARÁ e escreve todo sábado neste espaço