Conhecido como “Rei da noite” paulistana pelos negócios com a casa de entretenimento adulto Bahamas Club, Oscar Maroni morreu aos 74 anos nesta quarta-feira, 31. A causa da morte não foi informada, mas o ex-participante de “A fazenda” tinha sido diagnosticado com Alzheimer desde 2023.
Pelo avanço da doença, o empresário foi levado para uma casa de repouso em São Paulo em janeiro do ano passado. Na época, a “Folha de São Paulo” revelou ter tido acesso a um documento dos filhos pedindo curatela, ou seja, os herdeiros passariam a administrar todos os bens do pai.
“Meu pai foi proibido pelos médicos de ficar sozinho em casa porque ele não pode correr o risco de sofrer outra queda. Ele não parece, mas é um senhor de idade. Tanto eu quanto meu irmão Aruã já tentamos levá-lo para morar conosco ou na fazenda, mas ele se recusa. O local é tipo um flat, é muito legal”, disse Aritana Maroni, ex-“Masterchef” e filha de Oscar, à “Folha”.
Ela também aproveitou para esclarecer boatos de que a internação teria sido compulsório. “Vocês conhecem meu pai, vocês acham que a gente faria algo contra a vontade dele? Ele sai e entra na hora que quiser. Escolhemos um local próximo ao Bahamas justamente para ele poder ir lá resolver as coisas dele. Ele não gosta de ficar longe”.
Ainda em janeiro do ano passado, os filhos de Oscar, Aratã e Aruã Maroni, foram anunciados como os novos nomes à frente do Bahamas. Eles diziam que o objetivo era resgatar os tempos de glória da boate, sem perder a essência do fundador. À revista “Istoé Dinheiro”, eles descreveram os investimentos que estavam fazendo em reformas, e já chegava a R$ 2,5 milhões.
“Antes do meu pai ter sido diagnosticado, ele já apresentava sinais de problemas de saúde. Não tinha mais condições de ter controle sobre o negócio e as pessoas, muitos funcionários, se aproveitaram disso. Dos 30 funcionários que tínhamos, trocamos 18”, disse Aratã à publicação.
Oscar Maroni tornou-se conhecido por ser o proprietário do Bahamas Club (ou Bahamas Hotel Club), um dos locais de entretenimento adulto mais famosos e luxuosos de São Paulo, localizado no bairro de Moema, Zona Sul da capital. Maroni sempre defendeu o estabelecimento como um clube liberal e de hedonismo, embora tenha enfrentado inúmeros embates jurídicos por conta da natureza do negócio.
Maroni chegou a ser preso em diversas ocasiões (como em 1998, 2007 e 2011) sob acusações de favorecimento à prostituição, formação de quadrilha e tráfico interno de pessoas. Ele costumava alegar ser vítima de perseguição política, especialmente em disputas com a prefeitura (como o embargo de seu hotel, o “Oscar’s Hotel”).
Além da noite paulistana, Maroni diversificou sua atuação, tendo sido editor responsável pela publicação das versões brasileiras das revistas masculinas Penthouse e Hustler, além de participar da sétima edição do reality show “A fazenda”, da Record, onde sua personalidade forte gerou embates com outros participantes.
O empresário teve quatro filhos com nomes de origem indígena inspirados em uma telenovela: Aritana (que também participou de diversos reality shows), Aratã, Aruã e Acauã. O velório não será aberto ao público, ficando restrito aos amigos e familiares.
Fonte e imagens: Portal do Jornal Extra.Globo
