“O aleitamento materno é uma fonte de alimento segura, apropriada, barata, eficaz e econômica e o leite materno é o alimento certo para promover o bem-estar, proteger o bebê de infecções e prevenir que aquele bebê não desenvolva no futuro doenças como diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão”.
A afirmação é da nutricionista Cynara Souza, gerente do Banco de Leite da Santa Casa, baseada em estudos científicos que apontam os primeiros mil dias da criança (que vão da concepção até o fim do segundo ano de vida) como vitais para traçar o perfil do adulto no futuro.
Considerado o período certo para se realizar as orientações para mudanças que garantam nutrição adequada da gestante e o andamento saudável da gestação e do bebê, que trarão benefícios por toda a vida, esse período de cuidados deve ser iniciado a partir do pré-natal, ressalta a também nutricionista Vanda Marvão.
“Este período que vai da gravidez até os dois primeiros anos de vida da criança é fundamental para o crescimento, desenvolvimento e para a saúde da criança a curto e a longo prazos. Os cuidados devem começar com orientação da gestante sobre uma alimentação saudável para evitar complicações na gravidez como um parto prematuro, por exemplo. A fonte de nutrientes para garantir o crescimento e desenvolvimento do feto vem das reservas nutricionais da mãe e da ingestão alimentar do período gestacional. Também no pré-natal essa gestante será orientada sobre a importância do aleitamento materno para o bebê desde o nascimento”.
O leite materno é facilmente digerido e absorvido de acordo com a maturidade digestiva do bebê. Ele oferece todos os nutrientes necessários para o recém-nascido e também benefícios imunológicos, pois proporciona proteção contra doenças, principalmente respiratórias e gastrointestinais, prevenindo também as alergias e intolerâncias alimentares.
O Ministério da Saúde, recomenda que a criança seja amamentada exclusivamente até os 6 meses de idade e de forma complementar, até 2 anos ou mais.
Depois dos 6 primeiros meses da criança, ela deve comer o que a família come, por isso deve ser priorizada uma alimentação saudável, que significa comer comida de verdade, o que inclui alimentos in natura ou minimamente processados, explica a nutricionista Ciléa Ozela, referência técnica da nutrição na área de produção da Santa Casa.
“É preciso consumir de forma balanceada alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais, grãos e carnes, além de leite e derivados, que garantem nutrientes como proteínas, vitaminas, fibras, minerais, carboidratos e lipídeos. Dessa forma o que comemos vai melhorar nossa imunidade, reduzindo os riscos de infecções ou inflamações, o que juntamente com outros hábitos saudáveis, como a prática de exercícios, vai proporcionar mais saúde e bem estar”, conclui a nutricionista.
Doação de leite – Na Santa Casa, o Banco de Leite Humano garante que bebês prematuros, que por algum motivo de saúde não podem mamar, recebam o leite humano por meio de sondas ou copinhos. Esse leite vem de mães doadoras, que contribuem para que todos os milhares de recém nascidos internados possam ter o melhor começo de vida, recebendo o alimento considerado de padrão ouro para os bebês.
Toda mulher que amamenta seu bebê pode doar leite materno para o Banco de Leite da Santa Casa. Ela precisa estar bem de saúde e ter excedente de leite. O cadastro para se candidatar à doação pode ser realizado pelos telefones: 988996326 (WhatsApp), 3251-7311 (Banco de Leite) ou 3251-7212 (Bombeiros da Vida).
Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação