A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem suspeito de ameaçar o youtuber Felca. O influenciador havia solicitado ao Google a quebra do sigilo de um e-mail com mensagens ameaçadoras, enviadas após a publicação de um vídeo sobre adultização.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (25), em Pernambuco, um homem suspeito de ameaçar o youtuber e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. O suspeito, identificado como Cayo Lucas, lucra com a venda de fotos e vídeos de vítimas de “estupro virtual” e teria ameaçado o youtuber após um vídeo em que ele denunciava a “adultização” nas redes sociais.
A prisão de Cayo Lucas foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu a um pedido de Felca para quebra de sigilo de um e-mail com ameaças. Felca alegou que estava recebendo ameaças de morte e falsas acusações de pedofilia, o que colocava sua segurança em risco. O tribunal ordenou que o Google fornecesse as informações do usuário responsável pelo e-mail em 24 horas.
Os e-mails, enviados em 16 de agosto, faziam referência direta ao vídeo em que Felca denunciava a exploração de menores de idade por um influenciador. As mensagens continham frases como “você acha que vai ficar impune por denunciar o Hytalo Santos”, “prepara pra morrer” e “você vai pagar com a sua vida”.
Detalhes da prisão e denúncias de Felca
Cayo Lucas foi preso em sua casa em Olinda, acompanhado de outro homem. No momento da prisão, a polícia encontrou o computador de Cayo aberto em uma plataforma de segurança pública de Pernambuco. A polícia informou que o outro homem também é suspeito de envolvimento no crime de invasão de dispositivo informático.
Em entrevista ao podcast PodDelas, Felca revelou que, após as denúncias, passou a andar com carro blindado e seguranças em São Paulo. Ele afirmou que levou cerca de um ano para produzir o vídeo sobre adultização, que teve 50 minutos e fez um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças.
O vídeo de Felca reacendeu o debate sobre a exposição de crianças na internet, um fenômeno conhecido como “sharenting”, e os perigos que essa prática representa.
Reprodução internet
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