Uma bomba política abalou ontem, quinta-feira, 18, os bastidores da administração municipal de Tomé-Açu, município do nordeste paraense, a 187 quilômetros de Belém, com a formalização de uma denúncia por corrupção contra o presidente da Câmara de Vereadores, João Francisco dos Santos Silva. O Ministério Público recebeu um documento contendo oito graves acusações contra o vereador, desencadeando uma nova fase de tensão e incertezas na política local.
As denúncias, protocoladas pelo vigilante Ronaldo Alan Junior, e acompanhadas de evidências documentais, acusam João Francisco de uma série de práticas ilícitas. Entre as acusações se destacam desvios de verbas públicas, favorecimento em licitações, e supostas ligações com empresas que teriam sido beneficiadas de forma irregular.
Entre as denúncias destacam-se a compra de alimento, material de higiene e limpeza, aluguel de carros, além de combustível, em janeiro e fevereiro, período em que a Câmara não funcionou, devido o recesso parlamentar. João Francisco também é acusado de realizar a contratação de serviços advocatícios, apesar de a Câmara possuir um corpo de advogados com atuação regular. Chama atenção ainda a compra de objetos que nunca chegaram àquela Casa de Leis, além de serviços que nunca foram realizados.
O Ministério Público abriu imediatamente um procedimento investigatório para apurar todas as denúncias apresentadas. A denúncia será juntada à primeira, protocolada no início de maio, em que o presidente da Casa é acusado de organização criminosa e enriquecimentos ilícito.
A expectativa da comunidade é por uma resposta rápida e eficaz das autoridades competentes diante da gravidade das acusações envolvendo um dos principais líderes políticos do município.
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