De acordo com o 2º Relatório Nacional de Igualdade Salarial, divulgado pelo Ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres, a disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil está maior. O primeiro estudo, feito em março, mostrava que a diferença salarial era de 19,4%, agora as mulheres recebiam 20,7% a menos do que os homens nas 50.692 empresas com 100 ou mais empregados.
O documento foi divulgado em uma cerimônia realizada em Brasília nesta quarta-feira (18), contendo os dados atualizados dos valores em média que são pagos para os homens e para as mulheres em diferentes empresas do país.
Pelo relatório, a média salarial dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto que as mulheres recebem, em média, R$ 3.565,48. Na separação por raça, as mulheres negras chegam a ganhar 50,2% a menos que os homens não negros, com média salarial de R$ 2.745,26, contra R$ 5.464,29. Mulheres não negras ganham em média R$ 4.249,71.
Até mesmo em cargos de gerência o salário da mulher é abaixo, o relatório fala de ganhos 27% menores em e, em funções de nível superior, a diferença chega a 31,2%. O relatório mostrou que 55,5% das empresas adotam planos de cargos e salários como base para a definição de remunerações.
Ao analisar os dados, a ministra da Mulheres, Cida Gonçalves, disse que o governo federal tomará atitudes para encontrar uma solução que possa reduzir a disparidade salarial entre homens e mulheres.
– Nós, como governo, vamos assumir a nossa responsabilidade e construir políticas públicas para que as mulheres, especialmente as mulheres negras, tenham as mesmas oportunidades que os homens. Mas eu faço um apelo para que os empresários estejam conosco – declarou.
Fonte: Pleno News/ Foto: Christina Morillo/Pexels
