Global Sumud Flotilha explica que Thiágo Ávila não vai mais se hidratar até que sejam entregues remédios essenciais à comitiva; grupo ia para Faixa de Gaza com ajuda humanitária quando foi interceptado pelo governo israelense
Manoela Carlucci e Cristiane Norberto, da CNN Brasil, São Paulo e Brasília
O ativista brasileiro Thiágo Ávila comunicou, durante audiência na corte israelense no último sábado (4), que não vai mais beber água até que sejam entregues remédios essenciais à comitiva, detida em Israel.
“Foi comunicado pela advogada responsável, que o coordenador internacional da Global Sumud Flotilha, Thiágo Ávila, comunicou durante audiência perante a corte israelense que não iria mais beber água até que fossem entregues medicações essenciais que têm sido negadas aos participantes”, diz a organização da iniciativa em nota.
Thiágo e outros 14 brasileiros estavam em uma Flotilha, rumo à Gaza para distribuição de ajuda humanitária, quando foram interceptados e levados para a prisão de Ketziot.
“Durante as audiências, participantes comunicaram que estavam, até ontem, privados de tratamento médico essencial e de medicamentos, incluindo prescrições vitais para condições potencialmente fatais, como pressão alta, doenças cardíacas e câncer”, afirmam.
No último sábado (4), um grupo de 4 brasileiros — João Aguiar, Thiago Ávila, Ariadne Telles e Bruno Gilca — tinha iniciado uma greve de fome como “forma de protesto não violento, historicamente utilizado por pessoas que, privadas de voz ou poder, recorrem ao próprio corpo como instrumento de resistência”.
A Global Sumud Flotilla diz ainda que há a previsão de mais um voo de deportação, para a cidade de Madrid, com “número ainda impreciso de ativistas. Entre eles 29 cidadãos europeus, sendo 21 espanhóis, 4 holandeses e 4 portugueses”.
• Mario Wurzburger/Getty Images