O Brasil teve em 2025, até agora, 1,6 milhão de notificações de Dengue e 1.700 mortes. Mas XX% dos municípios brasileiros estão em alerta para a doença.
Por Jornal Nacional
Este sábado (8) foi o Dia Nacional Contra a Dengue com ações para combater a doença.
Uma cena que não se vê todos os dias: mosquitos Aedes Aegypti sendo soltos. A ação aconteceu em Luziânia, entorno do Distrito Federal, e faz parte do Mutirão de Combate à Dengue. Esses mosquitos são imunes ao vírus.
“Ao proliferar nos acasalamentos, que é natural, orgânico, ela vence o mosquitinho. Então, a gente pode ter mosquitos rondando, mas nenhum com a capacidade de transmissão”, diz Lucas Betti de Vasconcellos, superintendente estadual do Ministério da Saúde em Goiás.
Em Palmas, agentes de saúde foram até as casas para eliminar os focos.
“Hoje nós temos uma grande preocupação que é a reintrodução do sorotipo 3 da Dengue, onde não circulava no país e aqui no estado também, desde 2008. Então nós temos uma grande parcela da população suscetível a esse vírus”, afirma Christiane Bueno, gerente de vigilância das arboviroses da SES/TO.
Também teve visita dos agentes de endemias aos moradores de Juazeiro, na Bahia.
Em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, as equipes que combatem a Dengue se depararam com um lote completamente tomado por lixo e entulho. Tudo exposto ao tempo, acumulando água da chuva.
“Esse ovo está ali eclodindo, ele pode ficar muito tempo ali, no seco. E a hora que a água vem, ele eclode e tem ali um mosquito”, diz Rasível Santos, secretário de Saúde de Goiás.
O Brasil teve em 2025, até agora, 1,6 milhão de notificações de Dengue e 1.700 mortes. A maioria dos casos em 2025 se concentra em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Mas 30% dos municípios brasileiros estão em alerta para a doença.
Por isso a preocupação também é com a baixa procura pela vacina contra a Dengue, disponível no SUS para crianças e adolescentes. Em Goiás, 51% do público-alvo não voltou para tomar a segunda dose.
“Não é só em Goiás, mas é uma realidade do Brasil, essa proporção é muito parecida em outras regiões do nosso país, onde quase só metade, varia entre 50% e 60% das pessoas que tomaram a primeira dose e voltaram para tomar a segunda. Precisa de duas doses para a pessoa estar de fato protegida”, diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Luiz Neto, 8 anos, aproveitou o Dia D para ficar em dia com a imunização, tomou a segunda dose.
“Não vou ter dengue mais não, agora. Tomei vacina. Doeu? Não, nem um pouco”, pontua Luiz.
Foto: Reprodução/TV Globo
