A Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) realiza, entre 14 e 22 de dezembro, a 39ª edição da Bandeira Científica, que pela primeira vez acontecerá na Ilha de Marajó, nos municípios paraenses de Salvaterra e Soure. A expedição reunirá cerca de 200 participantes — entre estudantes, profissionais de saúde e professores — para oferecer atendimento gratuito, ações educativas e atividades culturais a comunidades urbanas, rurais, quilombolas e extrativistas.
Ao longo da ação, escolas e espaços públicos serão adaptados como postos de saúde, com previsão de mais de 2 mil atendimentos médicos em 15 especialidades, além de consultas em nutrição. A área odontológica deve alcançar 1.500 crianças, e a equipe pretende realizar ainda 200 ultrassonografias e distribuir 200 óculos à população.
A programação inclui oficinas de carimbó, artesanato, cerâmica, rodas de escuta e ações coletivas de saúde voltadas a idosos, adolescentes e pessoas com doenças crônicas. Pesquisadores também farão um levantamento sobre complicações do diabetes e produzirão um relatório sobre saneamento básico em Salvaterra, que poderá subsidiar futuras políticas públicas.
A iniciativa conta com o apoio de instituições públicas e privadas, incluindo o Ministério da Saúde, a AgSUS e a biofarmacêutica Sanofi, que participa pelo 13º ano consecutivo. A empresa também enviará 30 voluntários, promoverá rodas de conversa sobre saúde indígena e quilombola e doará 3.697 caixas de medicamentos por meio da Medley.
A expedição dará origem, em 2026, à exposição Vida e Saúde: Vozes do Marajó, que reunirá fotos, vídeos, objetos e obras produzidas durante as atividades, buscando ampliar a visibilidade das identidades culturais marajoaras em São Paulo.
Da Redação do Jornal A PROVÍNCIA DO PARÁ/Imagem ilustrativa: Reprodução








