domingo, dezembro 14, 2025
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Bancos fecham proposta de empréstimo de R$ 12 bi aos Correios

Documentos ainda não chegaram para estatal; Banco do Brasil e Caixa estão no grupo que deve socorrer contas

Cristiane Noberto, da CNN Brasil, em Brasília

Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander formam o grupo de bancos que fecharam uma nova proposta de empréstimo para salvar as contas dos Correios.

Desta vez, o valor é de R$ 12 bilhões e ainda depende do aval do Tesouro Nacional. A informação foi publicada pelo jornal Estado de São Paulo e confirmada pelo CNN Money.

Desde que o Tesouro recusou o primeiro pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões, os Correios correram para tentar outras frentes, como um aporte emergencial da União, em torno de R$ 5,8 bilhões para fechar as contas de 2025, e “diminuir o tamanho do cheque” a fim de captar novas instituições e melhores juros.

A nova proposta foi fechada pelos bancos nesta sexta-feira (12) e não teve detalhes como juros e condições divulgados.

A primeira tentativa de empréstimo foi recusada porque os juros cobrados pelos bancos era de 136% do CDI e o Tesouro só cobre até 120%. Segundo apurou a reportagem, a proposta, que nunca chegou formalmente, era “impossível de aceitar” pois oferecia um “altíssimo risco” a União.

Com um prejuízo acumulado de mais de R$ 6 bilhões de janeiro a setembro de 2025, os Correios buscam saídas para reequilibrar as contas, pagar dívidas e honrar os salários dos funcionários. Desde 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a estatal acumula reiterados déficits que hoje passam dos R$ 10 bilhões.

Para conseguir sair do sufoco, a estatal elaborou um plano de reestruturação no qual prevê, além do empréstimo bilionário, um plano de demissão voluntária, que deve desligar cerca de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, fechamento de agências e venda de imóveis que deve render aos cofres dos Correios cerca de R$ 1,5 bilhão.

O aporte da União em 2025 também é considerado quase como certo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que é preciso ter um plano aprovado pelo Tesouro, mas admite que o auxílio emergencial pode acontecer neste ano.

Segundo ele, o governo não vai “ficar com faca no pescoço por incompreensão de instituição financeira” e deve enviar o PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) com o pedido de autorização para o crédito ao Congresso.

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