Um vídeo está ganhando grandes proporções nas redes sociais após um usuário compartilhar uma estratégia voltada para o público feminino sobre como reagir ou prevenir situações de assédio em viagens por aplicativos. A publicação, que já soma milhares de visualizações e compartilhamentos, acendeu novamente o debate sobre a segurança das mulheres no transporte particular.
No conteúdo, o homem sugere táticas específicas para intimidar comportamentos inadequados de motoristas, como simular chamadas de vídeo, compartilhar a localização em tempo real com contatos de confiança ou utilizar frases que indiquem que alguém está aguardando a passageira no destino.
A dica viralizada foca na prevenção por meio da presença de terceiros, ainda que virtual. Segundo o autor do vídeo, demonstrar que a viagem está sendo monitorada externamente costuma inibir motoristas com más intenções.
A reação do público, no entanto, foi mista:
- Apoio: Muitas mulheres agradeceram pela dica, relatando experiências negativas e afirmando que qualquer ferramenta de proteção é válida em um cenário de insegurança.
- Crítica à Necessidade: Outros internautas pontuaram que é “lamentável” que mulheres ainda precisem recorrer a “teatros” e estratégias de sobrevivência para realizar uma atividade cotidiana como se deslocar pela cidade.
- Responsabilidade: Especialistas em segurança digital e comportamento ressaltaram que, embora dicas individuais ajudem, a responsabilidade central deve recair sobre as empresas de aplicativo e sobre a punição rigorosa dos agressores.
O que dizem os Especialistas e as Plataformas
Especialistas em segurança pessoal reforçam que, além das dicas compartilhadas por usuários, é fundamental utilizar as ferramentas nativas dos aplicativos de mobilidade, que incluem:
- Botão de Ligar para a Polícia: Conexão direta com serviços de emergência.
- Compartilhamento de Rota: Envio automático do trajeto para contatos cadastrados.
- Gravação de Áudio: Recurso que permite gravar o que acontece dentro do veículo para fins de denúncia.
As plataformas de transporte individual costumam declarar que têm “tolerância zero” para casos de assédio e que realizam checagens de antecedentes dos motoristas, mas o volume de relatos nas redes sociais indica que o problema ainda é um desafio estrutural para o setor.










