O Teatro Municipal de Ananindeua recebeu no último sábado, 16, a Assembleia Anual da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que pela primeira vez, é realizada na região Norte. A Seção do Conselho Internacional da Dança (CID) Belém Amazônia, reuniu membros de várias cidades do Pará, como Benevides, Salinópolis, Tucuruí, Castanhal, Belém e Ananindeua. No Brasil, a única seção (CID) que existia era em Campinas, no interior de São Paulo, e através de articulações, foi criada a Seção Belém Amazônia, sendo a maior, com 26 membros no Conselho. O objetivo é construir ações para buscar apoio internacional para a dança na região Norte.
Para a vice-presidente da Seção CID Belém Amazônia, Rose Monteiro, a dança está presente em todo o Pará, reforçando a relevância cultural. “Nós temos um potencial muito grande, um diferencial no nosso fazer dançante. Hoje somos 26 membros dentro desse conselho, chamamos de Amazônia, pois temos outros países, outros estados e o nosso estado do Pará, constituído pelas regiões diversas dele, é a primeira seção da região Norte. Fora do eixo internacional, o CID UNESCO tem duas seções no Brasil, uma em Campinas e agora aqui no Pará, sendo a maior, com 26 membros. A nossa finalidade além das assembleias é abraçar esse momento internacional e buscar apoio pra área da dança, atentar para as demandas que os membros já estão trazendo, e apartir disso construir ações para que possamos buscar cada vez mais apoios internacionais e fomentos para a nossa área. Estamos imensamente gratos em realizar esse evento aqui no Teatro municipal de Ananindeua, foi extremamente importante. A dança é muito expansiva, ela está no Pará inteiro e Ananindeua estar presente nesse contexto é maravilhoso”, concluiu.
Igor Marques, presidente da seção Belém Amazônia da UNESCO, afirma que a seção abraça a grandiosidade da Amazônia. “O CID (Conselho Internacional da Dança), chegou na minha vida como um desafio, eu recebi o convite para ser o vice-presidente da seçao Campinas, em São Paulo, a única que existia no Brasil. Eu me sentia incômodado em representar São Paulo, ao invés do estado onde eu sou. A seção Belém Amazônia foi um grande desafio, hoje somos a maior do Brasil. Temos Suriname, Guiana Francesa, Rondônia, Amapa, Maranhão, todos migraram para a nossa seção abraçando a Amazônia como ela é, grande. Isso é histórico, somos a primeira na Amazônia em atividade e em crescimento. Esse momento histórico precisava ser aqui no Teatro Municipal de Ananindeua, a gente se sentiu muito confortável nessa casa”, destacou.
Dani Franco, presidente da Fundação Centro Cultural Parque Vila Maguary e diretora do Teatro Municipal de Ananindeua, reforça o papel de Ananindeua como protagonista na história da dança no estado do Pará. “Esse momento em que a gente recebe essa primeira seção do conselho de dança da UNESCO, além de ser um marco histórico em toda a região amazônica, ele nos orgulha muito por estar sendo realizado em Ananindeua. Eu vejo que é a nossa obrigação em estar fazendo parte desse momento, escrevendo a história da dança no Pará, e principalmente aqui em Ananindeua”, ressaltou.
Davi Handel, de 23 anos, estudante de psicologia, veio prestigiar a seção e enfatizou que a arte e a dança são formas importantes de expressar identidade e cultura. “O evento foi sensacional, com dinâmicas distintas; a arte, a dança é uma forma de expressão. Cada localidade tem as suas características, nós temos uma cultura muito forte, desde a culinária, as artes, a história é muito única, muito peculiar do nosso povo. Então um evento como esse, sendo realizado aqui a nível internacional, é algo que nos possibilita a contar a nossa história, contar a nossa versão: “Quem nós somos”, “de onde viemos”, “o que queremos”. Então nesse sentido é maravilhoso um evento desse aqui na nossa região porque nos permite mostrar isso ao mundo”, contou.
Imagens: Ananews