segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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Canadá vai tarifar alimentos, veículos e eletrônicos dos EUA

O Canadá vai impor tarifas retaliatórias de 25% sobre mais de 100 produtos americanos, incluindo carnes, laticínios, frutas, veículos, eletrônicos e equipamentos militares, anunciou neste domingo (2) o Departamento de Finanças do país. O pacote de 30 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 180 bilhões) em tarifas entrará em vigor na terça-feira (4) como primeira fase de um conjunto mais amplo de medidas que deve atingir 155 bilhões de dólares ( cerca de R$930 bilhões) em importações dos Estados Unidos.

O governo canadense também informou que estabelecerá um processo de remissão para que empresas locais solicitem alívio excepcional das tarifas em casos específicos.

– O Canadá não ficará parado enquanto os EUA impõem tarifas injustificadas e irracionais sobre produtos canadenses – afirmou o Ministro das Finanças e Assuntos Intergovernamentais, Dominic LeBlanc, em comunicado. A segunda fase das tarifas, envolvendo 125 bilhões de dólares (cerca de R$ 750 bilhões) adicionais, será submetida a consulta pública por 21 dias.

Segundo o documento oficial do Departamento de Finanças, a segunda lista incluirá produtos como veículos de passageiros, caminhões, produtos de aço e alumínio, frutas e vegetais, produtos aeroespaciais e carnes. Entre os itens da primeira lista estão café, chá, especiarias, mel, ovos, produtos lácteos, além de equipamentos militares como bombas, granadas, torpedos e mísseis.

A medida responde à ordem executiva assinada por Trump no sábado (1º), que impõe tarifas de 25% sobre produtos canadenses e 10% sobre energia do país. Os EUA já sinalizaram que podem “aumentar ou expandir o escopo das taxas” caso o Canadá implemente medidas retaliatórias, segundo cláusula do documento americano.

O governo canadense destacou que o país é o maior mercado de exportação para 36 Estados americanos, com trocas diárias bilaterais superiores a 2,5 bilhões de dólares (R$ 15 bilhões). O Canadá compra mais produtos dos EUA do que China, Japão, França e Reino Unido juntos, segundo dados oficiais.

*AE

Fonte: Pleno News/Foto: EFE/EPA/OLIVIER HOSLET

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