Neste sábado (8), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou que proibirá as exportações de carvão para Israel até que o país cesse suas ações contra a Palestina. A decisão foi tomada um mês após a Colômbia romper relações diplomáticas com o Estado judeu.
– Vamos suspender as exportações de carvão para Israel até que o país pare com o genocídio – declarou Petro na rede social X, onde publicou a minuta do decreto com essa decisão, divulgada pelo Ministério do Comércio, Indústria e Turismo.
O documento especifica que “as exportações de carvão e briquetes para o Estado de Israel estão proibidas” porque o governo colombiano considera que “as operações militares contra o povo palestino representam uma violação de uma norma imperativa do direito internacional, que, por sua vez, faz parte do bloco de constitucionalidade colombiano”.
O decreto destaca que, segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE), o carvão é o principal produto de exportação da Colômbia para Israel.
– Entre janeiro e agosto de 2023, a Colômbia exportou US$ 375 milhões para Israel, com uma concentração considerável em carvão – apontou o documento.
Essas exportações incluem “produtos de mineração e energia, representando 93% do total para esse país. Essa commodity é utilizada como fonte de energia e recurso estratégico para a fabricação de armas, mobilização de tropas e produção de suprimentos para operações militares”, acrescenta o texto.
Petro tem sido um defensor ativo da causa palestina e crítico severo de Israel, um tradicional fornecedor de armas, equipamentos militares, dispositivos médicos, maquinário, sistemas de segurança e produtos químicos para a Colômbia. Em contrapartida, a Colômbia exporta principalmente carvão, café e flores para Israel.
Em 1º de maio, o presidente colombiano anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Israel em repúdio ao que ele considera um “genocídio” na Faixa de Gaza.
*Com informações EFE
Fonte: Pleno News/ Foto: EFE/Carlos Ortega