A COP 30 Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá em novembro de 2025 em Belém incluirá crianças e adolescentes de 11 a 17 anos nos debates sobre a crise climática por meio de rodas de conversa organizadas por escolas, coletivos e movimentos sociais.
Essa iniciativa faz parte do projeto Balanço Ético Global (BEG), promovido pela presidência brasileira da COP com apoio da ONU e de ministérios federais, e amplia a participação social na construção de soluções sustentáveis para o futuro do planeta.
Os encontros devem ser conduzidos de forma autogestionada, em linguagem lúdica e apropriada ao público jovem, com no mínimo 20 participantes e respostas a uma das cinco perguntas orientadoras do processo temas que vão desde justiça climática até transição energética justa.
A coordenadora do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do MMA, Isis Akemi, enfatiza que “é fundamental que crianças e adolescentes tenham suas vozes ouvidas para opinar sobre formas de evitar que esse colapso [climático] aconteça”. A consultora Fernanda Oliveira reforça que os diálogos devem ser conduzidos com cuidado, respeitar a expressão dos jovens e evitar discursos prontos além de cuidar para não fomentar ecoansiedade.
A proposta do BEG está alinhada com a agenda de escuta ética e planetária da conferência. As contribuições dessas rodas de conversa servirão como insumo para orientar discussões na COP 30, reconhecendo crianças e adolescentes como sujeitos de direito e agentes transformadores no presente.
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