O que Airbnb, Nubank, Meta e grandes empresas globais têm em comum? Todas apostam em uma estratégia que vem se tornando essencial para o crescimento dos negócios: o gerenciamento de comunidades.
Esta semana, o tema vai estar no podcast da Comuh, uma das principais empresas referências em comunidades no Brasil (youtube.com/@comuh). E é um paraense, o especialista em gerenciamento de comunidades Marcelo Campos, quem vai falar de “como a criação de conteúdo e a construção de comunidades andam juntas, e como marcas que entendem esse movimento conseguem gerar mais valor, mais engajamento e mais resultados.”
Marcelo Campos volta os olhos para sua terra natal, trazendo uma tendência global que já movimenta bilhões no mundo inteiro. Nascido e criado em Belém do Pará, ele construiu sua carreira liderando comunidades em empresas como Nubank — considerado o maior unicórnio da América Latina —, Axur, líder em segurança digital no Brasil, e Teachy, uma das edtechs que mais crescem no país. Ao longo dos últimos anos, atuou no desenvolvimento de comunidades no Brasil, México, Colômbia e Estados Unidos, conectando pessoas, impulsionando retenção, criando pertencimento e gerando crescimento orgânico para grandes marcas.
Mas, afinal, o que é o gerenciamento de comunidades?
Na prática, gerenciamento de comunidade é sobre criar e fortalecer relações entre uma empresa e as pessoas que se conectam com ela — sejam clientes, fãs ou parceiros.
Sabe aquele cliente que, além de comprar, indica pra todo mundo? Que defende a sua marca nas redes, que volta sempre, que se sente parte? Isso é resultado de comunidade bem feita.
Gerenciar uma comunidade é criar espaços — online ou até presenciais — onde as pessoas trocam, se ajudam, compartilham experiências e criam vínculos com a marca. É quando o relacionamento não fica só na venda, mas vira uma conexão mais forte, de longo prazo.
Marcelo reforça que “na prática, isso significa ter clientes mais fiéis, mais satisfeitos e que ajudam a divulgar o seu negócio. E pra empresa, isso se traduz em crescimento orgânico, mais boca a boca, mais retorno e menos gasto com mídia paga ou atendimento. É como aquele grupo de clientes fiéis no WhatsApp, aquele evento que você faz pros melhores clientes, ou até quando você percebe que seus próprios clientes se ajudam, trocam dicas e recomendam seu negócio sem você pedir. Isso é comunidade funcionando na prática”, conclui.
Dados do setor comprovam isso: segundo o relatório da CMX Hub, referência mundial em comunidades, 86% das empresas que investem em comunidade dizem que ela é essencial para o sucesso do negócio. Além disso, as comunidades ajudam a reduzir até 30% dos custos de suporte, aumentam a retenção de clientes em mais de 20% e aceleram o crescimento orgânico de marcas.
Essa tendência global cresce de forma acelerada no Brasil, especialmente em polos como São Paulo, onde a busca por profissionais da área disparou nos últimos cinco anos. Plataformas como LinkedIn e Glassdoor mostram um aumento consistente nas vagas com os termos Community Manager, Head of Community e Community Specialist.
“Durante muito tempo, construir comunidade parecia algo restrito às grandes empresas e startups. Mas, na prática, comunidade é sobre pessoas — e qualquer negócio, de qualquer porte, pode (e deve) investir nisso,” explica Marcelo.
Hoje, ele leva sua experiência como consultor para pequenas, médias e grandes empresas, e faz questão de reforçar que está com olhar atento e energia direcionada também para negócios locais, em especial no Pará.
“Voltar meu olhar para minha terra é, pra mim, uma missão. Nosso estado é cheio de negócios incríveis, com gente talentosa e histórias potentes. Acredito muito que, através do gerenciamento de comunidades, empresas locais podem ganhar mais força, aumentar retenção, atrair clientes de forma mais orgânica e criar marcas que as pessoas realmente amem,” afirma.
O mundo pode estar cada vez mais digital, mas, na visão de Marcelo, são as conexões humanas que fazem qualquer negócio crescer de forma sustentável.
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