sexta-feira, dezembro 19, 2025
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    Em carta, MST pressiona governo Lula a assentar 100 mil famílias

    Em uma carta aberta divulgada na última sexta-feira (24), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pressionou o governo Lula (PT) a assentar 100 mil famílias que, segundo o grupo, seguem acampadas pelo país. No documento, o movimento também direcionou críticas ao Congresso Nacional, no que chamou de “atuação perversa” do Parlamento em defesa do agronegócio.

    – [O MST se compromete a] pressionar o governo para assentar as 100 mil famílias sem terra acampadas, demarcar os territórios indígenas e reconhecer os territórios quilombolas, lutando por orçamento e uma agenda concreta de políticas de melhoria da qualidade de vida e autonomia aos territórios – diz o grupo na carta.

    Assinado pela cúpula do MST, o documento alega que há uma “paralisação da reforma agrária” no atual governo, mesmo com o governo Lula apresentando uma notória proximidade com o grupo, e diz que o “atual momento da política neoliberal vigente no Brasil tem aprofundado a barbárie nas diversas faces da violência contra a classe trabalhadora no campo e na cidade”.

    – A massa de sobrantes, aqueles considerados descartáveis pelo capitalismo, se avolumam, enquanto políticas públicas estruturais não se efetivam – afirma o MST.

    Além da questão agrária, o movimento ainda diz na carta que se compromete a “fortalecer o trabalho de base e um plano de lutas” para defender pautas como o “plebiscito pela taxação das fortunas”, o “fim da jornada 6×1”, “ações de solidariedade”, e “campanhas de combate à fome e ao analfabetismo, difundindo o estudo e a formação política e ideológica”.

    Em outro ponto do documento, o MST também exalta a proximidade com regimes ditatoriais, como o cubano e o venezuelano, ao dizer que pretende “exercitar o internacionalismo e a solidariedade como princípios, valores e estratégias para construir a luta socialista; de mãos dadas com Cuba, Palestina, Venezuela, Haiti, os povos da África Ocidental e com a classe trabalhadora do mundo”.

    Por fim, o grupo inclui entre suas reivindicações “lutar por justiça” após os assassinatos de dois militantes do movimento, Valdir do Nascimento e Gleison Carvalho, mortos em um ataque a tiros no interior de São Paulo no dia 10 de janeiro.

    Fonte: Pleno News/Foto: Ricardo Stuckert

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