sábado, setembro 27, 2025
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Literatura – A deliciosa empada de camarão

Por volta das 20:45 horas de hoje, 23, cheguei a uma lanchonete em um shopping de Belém, e pedi o que já consumira outras vezes em que lá estive e em outra loja da mesma marca – uma inigualável empada de camarão!

A resposta da simpática atendente: – Só há empadas de bacalhau e frango. A de camarão acabou!

Como? Essa já deve ser a quarta ou quinta vez que ouvi resposta idêntica nas últimas estadas ali, tendo que optar por outra coisa para não perder a viagem e enganar o estômago.

Mas, desta vez fiquei sem comer ali. Decidi lanchar em outro local ou mesmo em casa no retorno.

Perguntei então a atendente o porquê de um produto sair mais e não ser produzido em quantidades suficientes para atender a demanda?

A resposta foi de que são feitas quantidades proporcionais mesmo que a procura maior seja pela empada de camarão!

Fico refletindo que o responsável por esse descontrole sou eu, a culpa é minha, por não ficar de “bico” calado!

É que há mais de um ano, quando provei a tal empada, repeti extasiado em outras oportunidades em dois locais – Doca e Montenegro. Quase sempre pedindo a tal iguaria.

E fiz mais – aqui deve estar meu “erro” – passei a divulgar entre parentes, amigos, colegas, a minha “descoberta”, compartilhando-a fraternalmente.

– Tu já provaste a empada de camarão da Belenense (nome fictício)? – perguntava aos interlocutores.

E diante da resposta negativa eu continuava.

– Não? Hum, experimenta. É simplesmente uma delícia.

Outros estímulos partiram de mim para compartilhar a degustação desse petisco.

– Tu precisas provar a empada de camarão, não vais mais deixar de comê-la quando fores lá. Hum!

E os parentes, amigos e colegas, provável e evidentemente, pegaram corda, aceitando a sugestão. Gostaram, e passaram a consumi-la, tornando-se, destarte e consequentemente, meus concorrentes no consumo da tal empada.

Provavelmente eles passam por lá antes de mim, se refestelam com a tal empada e, quando eu passo mais tarde, não tem mais.

E agora?!

Falta pra mim quando lá vou. Tá certo isso? Bem feito pra mim. Risos.

Agora, prometo a mim mesmo (talvez não cumpra essa promessa), que doravante, se eu encontrar outra delícia por onde passar  irei silenciar. Darei uma de egoísta, para o bem de minha inocente gula. Não irei mais divulgar nada. Duvido, digo a mim rindo, pois, diante de tais descobertas não fico sem divulgar.

Belém, 23/07/2014

Texto: Roberto Pimentel

*O autor é advogado, delegado de Polícia aposentado, radialista e escritor. Escreve toda quinta-feira neste espaço de A PROVÍNCIA DO PARÁ

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