O mês de abril marcou mais um dos passos para a definição de calado de navegação na Barra Norte do Rio Amazonas com a realização do terceiro teste programado com calado de 11,85metros. O navio mercante Royal Orion, da classe Panamax, transportando 50 mil e 900 toneladas de soja para o Porto de Vera Cruz, no México, partiu do terminal da Cargill, em Santarém-PA e cruzou a Barra Norte, na região conhecida como “Arco Lamoso”, na manhã de 28 de abril. Cabe destacar que essa região apresenta as menores profundidades do Rio Amazonas, desde Manaus-AM até a foz, limitando a carga transportada pelos Navios Mercantes, os quais não podem carregar seus porões na capacidade máxima.
O teste foi acompanhado por um Oficial do Centro de Hidrografia e Navegação do Norte (CHN-4) que atuou como representante da Autoridade Marítima embarcado no navio Royal Orion, com o objetivo de assessorar o Comandante do 4º Distrito Naval sobre os resultados obtidos. As avaliações preliminares indicam que o teste foi bem-sucedido, o que corrobora as análises da viabilidade da navegação segura nas condições de preamar das marés na região.
O Navio Hidrográfico Balizador Tenente Castelo, meio subordinado ao CHN-4, foi empregado na obtenção dos dados em tempo real de maré observada na Barra Norte, nos dias que antecederam a passagem do navio Royal Orion, de modo a confirmar se as condições para a realização do teste seriam satisfatórias.
Os modernos equipamentos instalados no NHiB Tenente Castelo, bem como a sua adestrada tripulação, permitiram a obtenção precisa da amplitude da maré, complementada por dados de batimetria, meteorologia e posicionamento obtidos no momento da passagem. Tais dados foram compartilhados com o navio Royal Orion, o que permitiu que o teste fosse realizado de forma controlada e segura.
O sucesso do teste permite o prosseguimento dos estudos de análise do calado de navegação para a região, impulsionando o potencial econômico da Barra Norte e oferecendo competitividade aos produtos exportados, principalmente do agronegócio, bem como a exportação de petróleo e derivados.
Fonte e imagens: Ascom/4ºDN
