Pará tem delegação expressiva na Conferência Nacional e IV Marcha das Mulheres Indígenas
Com apoio do Governo do Pará, por meio da Sepi, mulheres indígenas das 8 etnorregiões estaduais, debatem pautas sobre clima, territórios e protagonismo
Por Jaelta Souza (SEPI)
O Pará é destaque na Conferência Nacional e IV Marcha das Mulheres Indígenas, que acontece até a próxima sexta-feira (8), em Brasília (DF). O Estado levou uma das maiores delegações do bioma Amazônia, formada por mais de 700 mulheres de diferentes povos e territórios, que se reúnem para afirmar seu protagonismo na defesa da floresta, do meio ambiente e dos direitos originários.
As representantes das oito etnorregiões indígenas levaram ao centro das decisões nacionais pautas que conectam a agenda climática global às realidades locais: demarcação de territórios, proteção da biodiversidade, justiça climática, saúde, educação e valorização dos saberes tradicionais.
“O Pará chega a Brasília com mulheres que são vozes e forças de seus povos. São lideranças que vivem, diariamente, a luta por seus territórios e que agora trazem essas pautas para o centro das decisões nacionais. Queremos que o mundo reconheça que proteger a Amazônia é proteger a vida, e que as mulheres indígenas são guardiãs desse compromisso”, afirmou Puyr Tembé, secretária de Estado dos Povos Indígenas do Pará.
Com o lema “Mulheres Biomas: Rumo à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas”, a Marcha de 2025 une força política e cultural, e promove debates, plenárias, rodas de conversa e oficinas. O ponto alto será um grande ato público no dia 7 de agosto, reunindo mulheres de todos os biomas brasileiros em defesa da vida e da floresta.
“A presença das mulheres paraenses aqui mostra a força coletiva que vem das aldeias. Nossa voz, quando ecoa unida, é capaz de transformar políticas e garantir o futuro das novas gerações”, destacou Maria Assurini.
O Pará está representado por etnias como Tembé, Xipaya, Kayapó, Juruna, Arara, Munduruku, Araweté, Asurini, Kuruaya, Parakanã, Gavião Kyikatejê, Xikrin, Apiaká, além de povos isolados. A Sepi destaca que são mulheres que vivem em lugares distantes, e carregam no corpo e na fala a força de suas histórias.
“Vim de muito longe para estar aqui, mas cada quilômetro valeu a pena. Este é o momento de mostrar que as mulheres indígenas do Pará conhecem a floresta, sabem cuidar dela e têm propostas concretas para garantir que ela continue viva e que nós também entendemos de políticas públicas e estamos dispostas a mudar a história e construir oportunidades para as gerações futuras”, disse Nira Kayapó
A participação da delegação paraense é organizada pela Secretaria dos Povos Indígenas do Pará (Sepi), com apoio do governo do Pará, da Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA), que atua na defesa dos direitos, organização social e fortalecimento da autonomia dos povos originários. Além do apoio da Secretaria de Estado das Mulheres do Pará (Semu), Ministério dos Povos Indígenas, Anmiga, Funais de Tucumã, Baixo Tocantins, Altamira, Dsei Guamá e Tocantins, Instituto Kabu e Greendata.
No contexto da Marcha e da Conferência, a Sepi reforça sua articulação para ampliar a presença das mulheres na formulação de políticas públicas e na defesa dos territórios e da floresta.
Programação da Conferência Nacional e IV Marcha das Mulheres Indígenas:
Dia 3 de agosto (domingo)
• Cerimônia de abertura da Conferência Nacional.
• Plenária inicial: Apresentação das delegações por biomas.
• Roda de conversa: “Mulheres e gestão territorial”.
Dia 4 de agosto (segunda-feira)
• Oficinas temáticas sobre direitos, clima, território, cultura e economia indígena.
• Apresentações culturais e intercâmbio entre biomas.
Dia 5 de agosto (terça-feira)
• Plenárias para construção das propostas coletivas.
• Sessões de debates sobre políticas públicas e COP30.
Dia 6 de agosto (quarta-feira)
• Continuidade dos trabalhos em grupos temáticos.
• Preparação para a IV Marcha das Mulheres Indígenas.
Dia 7 de agosto (quinta-feira)
• Ato público e caminhada da IV Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília.
• Entrega do documento final com propostas às autoridades nacionais.
Dia 8 de agosto (sexta-feira)
• Encerramento da Conferência Nacional.
• Avaliação das atividades e retorno das delegações.
A participação das mulheres indígenas do Pará na Conferência Nacional e na IV Marcha das Mulheres Indígenas reafirma o compromisso do estado em colocar os povos originários no centro da agenda climática e territorial. De Brasília, essas vozes retornam fortalecidas para suas aldeias, levando propostas construídas coletivamente e renovando a luta por justiça climática, preservação ambiental e garantia de direitos para as presentes e futuras gerações.
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