A capital paraense, Belém, está em plena mobilização para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. O tema dominou um dos painéis do I Congresso Amazônico de Meio Ambiente nesta quarta-feira (11), onde autoridades estaduais discutiram os desafios e as oportunidades que o evento trará para a região.
O painel de encerramento contou com a presença de Rodolpho Zahluth Bastos, secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Adler Silveira, secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra), Úrsula Vidal, secretária de Cultura (Secult), e Morgana Azevedo, representando a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop).
Úrsula Vidal destacou a importância de Belém como anfitriã da “COP da Floresta”, defendendo que o evento vá além de debates técnicos e inclua uma reflexão sobre modelos de desenvolvimento mais justos e sustentáveis. Segundo ela, é essencial garantir que a Amazônia seja reconhecida como um ator central na transição energética global, ao mesmo tempo em que se valoriza a cultura e o patrimônio local.
“A COP30 será uma oportunidade para demonstrar como a Amazônia pode se tornar um hub de inovação, gerando emprego e renda, ao mesmo tempo em que preserva seus biomas e valoriza suas comunidades. Estamos planejando uma cidade vibrante, repleta de intervenções artísticas, festivais e experiências gastronômicas descentralizadas”, afirmou.
Adler Silveira enfatizou que a infraestrutura será fundamental para transformar a COP30 em um evento histórico. Ele destacou as mais de 30 obras em andamento na região metropolitana de Belém, envolvendo desde melhorias urbanas até iniciativas de preservação ambiental. “A COP30 não é apenas um evento, mas um catalisador para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado. Estamos criando um ambiente favorável para atrair investimentos que beneficiarão a população local e reforçarão o papel da Amazônia como pulmão do planeta”, explicou.
A participação das comunidades tradicionais também foi ressaltada como um ponto crucial. “A Amazônia abriga 30 milhões de pessoas que dependem da floresta para viver. Precisamos garantir que o desenvolvimento econômico aconteça de forma inclusiva, preservando os recursos naturais e promovendo justiça social para todos os amazônidas”, destacou Silveira.
Belém se prepara para receber delegações de todo o mundo, posicionando-se como um centro global de discussões climáticas. Rodolpho Zahluth Bastos encerrou o painel reforçando que o evento será uma vitrine para o potencial do estado: “A COP30 não é apenas um marco para Belém, mas para o Brasil e para o mundo. Estamos prontos para mostrar que a Amazônia é a chave para enfrentar a crise climática global.”
Fonte: Agência Pará/Foto:Mario Gouveia/Ascom Semas
