O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, condenou neste sábado (28) o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e pediu “unidade” para enfrentar a “guerra genocida” empreendida por Israel contra o Líbano.
– Nossa solidariedade hoje, nestes momentos cruciais da vida da nação, é a resposta mais forte à agressão israelense – disse Mikati em um discurso durante uma sessão do Conselho de Ministros, realizada em regime de emergência após seu regresso antecipado de Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas.
No discurso, divulgado pelo seu gabinete, o premiê denunciou que os bombardeios sem precedentes de Israel contra os subúrbios ao sul de Beirute, onde Nasrallah foi assassinado, e em outras áreas do sul e leste do Líbano “são a melhor evidência da realidade dos objetivos israelenses”.
O governo libanês declarou três dias oficiais de luto a partir desta segunda-feira (30), ao mesmo tempo em que anunciou em comunicado que durante o funeral do líder do Hezbollah “todos os trabalhos irão parar” no país, embora não tenha especificado quando será realizada a cerimônia.
Da mesma forma, pediu união para enfrentar “a guerra odiosa e destrutiva que Israel está travando” contra o Líbano, e lembrou que a violência deixou “mártires caídos” em várias áreas do país, milhares de feridos e o deslocamento de milhares de pessoas, cerca de 200 mil segundo dados das Nações Unidas.
Por outro lado, garantiu que seu governo está “fazendo todo o possível” para lidar com a crise e lembrou que foi a Nova Iorque com a intenção de “chegar a uma solução”.
– Mas o inimigo israelense foi com a intenção de trair e planejar mais massacres – denunciou, ao mesmo tempo em que indicou que nas reuniões que teve à margem da Assembleia Geral sentiu “apoio absoluto dos amigos do Líbano e a ênfase em deter a agressão”.
Mikati acrescentou que o governo está respondendo à situação atual, embora tenha pedido desculpas pelas “deficiências que ocorreram dadas as capacidades limitadas e a magnitude das necessidades” dos deslocados, razão pela qual anunciou a tomada de uma série de medidas para fornecer mais ajuda às pessoas afetadas.
Mais de mil pessoas morreram no Líbano desde que Israel intensificou seus ataques contra redutos do Hezbollah no início da semana passada, que também deixaram mais de 6.000 feridos em cerca de dez dias, segundo o Executivo do país mediterrâneo.
*EFE
Fonte: Pleno News/Foto: EFE/EPA/ABBAS SALMAN