quinta-feira, novembro 21, 2024
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Programa estadual de Equoterapia estimula habilidades físicas, emocionais e cognitivas

Equilíbrio, concentração e autonomia são os principais benefícios apresentados pelo Artur Azevedo, 17 anos, adolescente com síndrome de Down, atendido, há quase dois anos, pelo programa de Equoterapia da Polícia Militar do Pará (PMPA). A mãe, assistente social Neide Azevedo, celebra os avanços no desenvolvimento do seu filho. 

“Todo o nosso esforço é para que o Artur seja, cada vez mais, funcional. Precisamos trabalhar as habilidades dele para a vida, para que seja o mais independente possível e busque seu espaço. A equoterapia contribui muito para esse avanço dele e de muitas outras pessoas que apresentam alguma condição ou deficiência, trazendo benefícios maravilhosos que influenciam diretamente em mais qualidade de vida”, destaca Neide.

Nesta sexta-feira, 9, é celebrado o Dia Nacional da Equoterapia, criado pela Lei nº 12.067/2009, modalidade que utiliza o cavalo em abordagens de saúde com o foco no desenvolvimento sensorial, motor, emocional e social de pessoas com deficiências, condições especiais ou com mobilidade reduzida. Mais de 60 pessoas, entre crianças a partir de 3 anos e adultos, são atendidos pelo programa, que faz parte do Centro de Reabilitação da Polícia Militar e funciona há 31 anos. 

“A equoterapia é um programa de reabilitação muito importante, porque o que conseguimos estimular em uma sessão prática, não conseguiríamos em um ambiente ambulatorial. As especificidades do movimento do cavalo trazem melhorias na postura, equilíbrio, coordenação motora, além do desenvolvimento de habilidades psicológicas, emocionais e cognitivas. O próprio contato com o animal promove benefícios, porque muitas crianças chegam amedrontadas pelo tamanho do cavalo e aos poucos vão ganhando confiança e passam a se sentir empoderadas por estar no controle”, explica a major Mardonia Alves, diretora do Centro de Reabilitação da PMPA. 

A equipe técnica do projeto é composta por fisioterapeuta, psicóloga, terapeuta ocupacional, pedagogo, fonoaudiólogos, equitadores, além dos policiais responsáveis pelos cuidados com os cavalos. Em cada sessão, o praticante é acompanhado do equitador e dois profissionais da área da saúde para os devidos estímulos. Os praticantes realizam sessões semanais de 30 minutos e o programa, de modo geral, oferece 20 sessões. 

Pai do João Gabriel, 11 anos, o policial militar Adriano Wanzeler celebra o desenvolvimento alcançado pela criança após um ano de participação no programa. “Meu filho tinha pouca interação social na escola e restrita coordenação motora, que melhoraram muito com a equoterapia. A relação com o cavalo e com os profissionais proporcionaram avanços incríveis pra ele, eles dão força e a esperança de que ele conseguirá alcançar o que quer, independente do autismo. Ver ele conseguindo montar, com postura, brincando com todos, é espetacular”, conta.

INSCRIÇÃO – O atendimento é realizado aos policiais militares, dependentes e também há vagas destinadas à sociedade civil. Os interessados devem procurar o atendimento presencial, na Avenida Transmangueirão, S/N, Complexo de Cavalaria da Polícia Militar do Pará, Rod. dos trabalhadores Km 01, no horário de 8h às 16h, para uma pré-inscrição e passarão por triagem e avaliação da equipe multidisciplinar para verificar se reúnem os requisitos necessários de indicação para o atendimento.

Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação

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