O Núcleo de Operações com Cães (NOC) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciou na segunda-feira, 11, uma instrução para a turma do 3º estágio de condutores de cães de guerra, da Força Aérea Brasileira (FAB). O treinamento aconteceu na base do Grupo de Ações Penitenciária (GAP), nas dependências do Centro de Treinamento de Instruções Especializadas (Ciesp), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará.
Ao todo, 24 alunos participaram, sendo dois do Exército Brasileiro, dois da Polícia Militar (PM) e os demais das FAB. O curso tem a duração de 21 dias e abrange várias áreas como o adestramento básico e noções de veterinária.
O local escolhido para o treinamento atende a um quesito importante de ambientação, pois o Ciesp está localizado era uma unidade prisional que foi desativada, e atualmente funciona como centro de treinamento para os policiais penais, que usam a estrutura dos antigos blocos carcerários para simular as técnicas de intervenção e o uso progressivo da força.
O NOC, é uma das frentes de trabalho do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), que atua no apoio operacional dentro do sistema penitenciário. Durante a instrução, os alunos aprenderam sobre as técnicas de condução, imobilização e intervenção em ambientes carcerários, conforme o uso progressivo da força. Além dos conceitos como Intervenção, Características do Operador Tático, Uso Progressivo com k9, Equipamentos do Grupo Tático, Entrada no Bloco ou Galeria.
“A equipe do NOC está auxiliando os alunos do Estágio de Cães de Guerra da Aeronáutica na aula de cães no sistema penitenciário. Iniciamos no período da manhã, com a aula teórica onde foi abordada a função dos cães dentro do sistema, em seguida foi feita a parte prática, onde mostramos uma simulação de como é feita a retirada e extração do interno, além da parte de intervenção com cão e a célula tática”, explica o coordenador do NOC, policial penal Kássio Sarmento.
Segundo a Tenente Erika Reis, comandante do pelotão de cães de guerra do grupo de segurança e defesa da FAB, a instrução com a Seap traz uma prática diferente da qual os alunos estão habituados.
“Nosso objetivo é promover o adestramento operacional dos cabos, soldados da unidade na execução de técnicas e táticas individuais relacionadas à utilização dos cães de guerra. Esse apoio da Seap, é de grande valia, porque eles (os alunos) não têm muito a prática dessa atividade (de intervenção) no âmbito da base aérea, embora a gente tenha o nosso sistema carcerário militar. Então agrega muito essa prática do cão de proteção, na atuação dentro do ambiente carcerário”, afirma a tenente Erika.
Os alunos também aprenderam mais sobre o ambiente carcerário, e as mudanças que ocorreram desde 2019 com a criação da Seap e o lançamento do Manual de Procedimentos Operacionais, que padroniza as atividades realizadas no sistema penitenciário e garante que as ações sejam executadas conforme as medidas e procedimentos de segurança.
“A instrução com o NOC do sistema penitenciário de Santa Isabel foi de grande valor, considerando que o conhecimento que a gente está tendo hoje é sobre o uso e emprego do cão em presídios, isso fica fora da nossa realidade e são experiências novas que a gente vai levar para a nossa vida”, conta Fabrício Erick, soldado da FAB.
Texto de Yasmin Cavalcante – NCS/Seap
Fonte: Agência Pará/Foto: Ingrid Bandeira/Estagiária Seap Pará