A Polícia Civil do Pará identificou os três envolvidos na pichação de uma área tombada no bairro da Cidade Velha, em Belém. Um dos suspeitos compareceu à delegacia nesta segunda-feira (7), confessou o crime e revelou a identidade dos outros dois comparsas. As diligências seguem em andamento para localizar os demais.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural (Demapa), vinculada à divisão de Meio Ambiente. A pichação ocorreu na madrugada de sábado (5), atingindo uma pedra histórica e calçadas nas imediações do Forte do Presépio, considerado patrimônio cultural da capital paraense.
Segundo o delegado Edson Azevedo, a motivação teria sido uma discussão registrada durante um evento na Feira do Açaí, onde um dos suspeitos colou adesivos na área tombada e foi advertido. Depois disso, ele e os outros dois picharam estruturas próximas ao Forte, deixando assinaturas como “PTCK”, “SANTOS” e “GABZ”.
Os três irão responder por pichação em bem tombado, crime ambiental previsto na Lei nº 9.605/98, com pena de até um ano de detenção e multa. Caso seja constatado dano ao patrimônio, podem ser também enquadrados por dano qualificado e associação criminosa, aumentando o tempo de reclusão.
A Polícia Civil reforça que a pichação de monumentos públicos é crime e pede a colaboração da população com denúncias anônimas pelo número 181.
O Forte do Presépio e a região do entorno são reconhecidos pelo Iphan como áreas de valor histórico, artístico e arqueológico. A ação da Demapa busca preservar esses espaços, que representam a memória e a identidade cultural de Belém.
Imagem: Junior Campos