A quarta edição do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau de Altamira, encerrada neste domingo (29), reforçou o protagonismo das mulheres na cadeia produtiva do cacau na Amazônia. Realizado no Centro de Convenções Vilmar Soares, o evento contou com 140 estandes e reuniu indígenas, ribeirinhas e empreendedoras do agro.
Um dos destaques foi a Associação das Mulheres Produtoras de Polpas de Frutas (AMPPF), de São Félix do Xingu, que levou ao público geleias, licores e polpas produzidas com frutas nativas, como a “gulosa”, cultivada em Sistemas Agroflorestais. “Hoje cada mulher tem sua renda, sua independência”, celebrou a produtora Joelma Menezes.
O festival também deu visibilidade a marcas indígenas, como o “Chocodjá”, chocolate criado por mulheres da etnia Yudjá (Juruna), da região do povo Asurini. O produto é fruto da organização da Associação Indígena Juruna Tubyá, com apoio da Norte Energia. “Chocodjá é a mistura do nosso povo com o chocolate”, disse Irasilda Juruna, presidente da associação.
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, destacou a importância da autonomia feminina no campo: “Esses produtos trazem a história e a força das mulheres do agro”.
O evento foi encerrado com saldo positivo de público e negócios, fortalecendo a presença das mulheres no setor rural amazônico.
Imagem: Agência Pará
