Quando o governo federal anunciou, em 20 de maio, que proibiria determinados cursos superiores de funcionarem na modalidade à distância, as redes sociais foram tomadas por questionamentos sobre quais alunos seriam atingidos. Os mais pobres? Os que trabalham fora? Quem terá de mudar os planos?
Por Luiza Tenente, g1
A intenção do Ministério da Educação (MEC), nas mudanças promovidas em 20 de maio (entenda abaixo), é garantir a qualidade das graduações e regulamentar o setor de EAD, que vem crescendo de forma tão acelerada que quase alcançou o ensino presencial em número de matrículas.
✏️Principais mudanças da Nova Política de Educação à Distância:
- Nenhum curso poderá ser 100% à distância. O formato EAD passa a exigir que, no mínimo, 20% da carga horária seja cumprida presencialmente ou por atividades síncronas mediadas (como aulas on-line ao vivo). As provas devem ser presenciais.
- O decreto cria uma nova modalidade: a semipresencial. Entram na categoria os cursos que tiverem obrigatoriamente, além da parte on-line, atividades presenciais físicas, como estágio, extensão ou práticas laboratoriais.
- As graduações de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser ofertadas exclusivamente no formato presencial.
- As demais opções das áreas de saúde e de licenciaturas (formação de professores) poderão ser presenciais ou semipresenciais.
- Os polos de EAD, que são espaços oferecidos pelas universidades fora do campus principal, precisarão seguir determinados critérios técnicos, com uma estrutura mínima oferecida aos estudantes (em termos de tecnologia e de disponibilidade de laboratórios, por exemplo).