Completando 46 anos de atividades, a Mineração Rio do Norte (MRN) vem atuando com uma mineração sustentável e com a execução de um processo de transição energética na Amazônia. A empresa, maior produtora de bauxita do Brasil, tem investido em iniciativas estruturantes voltadas à descarbonização, à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento das comunidades locais. São iniciativas que vão desde projetos que diminuam a emissão de gases do efeito estufa, a programas de reflorestamento, com a participação ativa de comunidades vizinhas ao empreendimento.
“Chegar aos 46 anos com uma atuação responsável e voltada ao futuro é motivo de orgulho para todos nós. Temos direcionado nossos esforços para ampliar a contribuição da MRN às soluções climáticas, fortalecendo uma mineração com mais eficiência energética”, afirma Guido Germani, CEO da MRN.
Com 12,8 milhões de toneladas de bauxita produzidas apenas em 2024, a MRN consolida-se com sua atuação estratégica na cadeia do alumínio. Além da liderança na produção no país, com 64% da produção destinados à indústria brasileira, a empresa abastece outros 3 continentes (América, Europa e Ásia). Contribuindo diretamente para a cadeia de alumínio nacional, que responde atualmente por 6,4% do PIB nacional e contribui para um superávit comercial de US$ 3,4 milhões, segundo dados do Anuário Estatístico 2024 da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
A atuação da MRN também valorizou a economia local. Apenas no ano passado, a empresa destinou R$ 34 milhões aos municípios onde se localizam suas jazidas minerais, oriundos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O valor é repassado à Agência Nacional de Mineração (ANM) e de lá é distribuído, via União, para os municípios. Em relação ao recolhimento de tributos, taxas e CFEM, foram repassados ao Estado do Pará R$ 104,3 milhões e ao Governo Federal R$ 202,1 milhões – desse total R$ 100 milhões são provenientes de retenções na fonte.
Além disso, compras locais somaram R$ 717,2 milhões no Oeste do Pará, priorizando fornecedores locais. Também foram desembolsados R$ 62 milhões em serviços contratados na mesma região.

Energia mais limpa e menor pegada de carbono
Um dos marcos desta jornada é o Projeto Linha de Transmissão (PLT), que conectará a MRN ao Sistema Interligado Nacional (SIN), substituindo a geração local de energia por fontes mais limpas. Com 98 km de extensão, o projeto ligará o Platô Saracá à subestação em Oriximiná, reduzindo em cerca de 25% as emissões totais de CO2 da empresa. O projeto atualmente está em fase de implantação.
Para o diretor de Implantação da MRN, Leonardo Paiva, o projeto marca o compromisso da empresa com o processo de descarbonização do setor mineral. “O Projeto Linha de Transmissão é uma medida extremamente importante e que viabiliza a utilização de energia limpa para as operações da empresa. Tudo isso através de escuta ativa e diálogo transparente com as comunidades para construção de planos de ações amplos e eficientes”, destaca o executivo.

Mineração sustentável com responsabilidade social
Outro avanço importante é o Projeto Novas Minas (PNM), que garantirá a continuidade das operações da MRN pelos próximos 15 anos. A Licença Prévia foi obtida em 2024, após processos de consulta com comunidades quilombolas e a análise dos Estudos de Componente Quilombola (ECQ) e Estudos de Impacto Ambiental (EIA) pelo Ibama, órgão licenciador do empreendimento, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão interveniente responsável pela anuência do ECQ.
Atualmente, a empresa segue com a construção do Plano de Gestão Ambiental (PGA) e do Plano Básico Quilombola (PBAQ) junto aos Territórios Boa Vista e Alto Trombetas II, buscando prevenir e mitigar questões levantadas no Estudo de Componente Quilombola e no Estudo de Impacto Ambiental.

Reflorestamento e proteção da biodiversidade
Como parte de uma mineração sustentável, a MRN já reflorestou 7,8 mil hectares na Amazônia, registrando no ano passado 576 mil mudas plantadas e quase 380 hectares recuperados, o que representa um crescimento de 45% no número de mudas e de 19% na área restaurada em relação a 2023. A empresa mantém um viveiro florestal próprio, com sementes fornecidas por comunitários, fortalecendo a bioeconomia regional.
Como parte das medidas está a execução do Projeto Rede de Coletores de Sementes, desenvolvido pela empresa desde 2023, unindo a empresa com comunidades quilombolas e ribeirinhas para a restauração ecológica de áreas mineradas.
“O que agrega mais é o comércio, pois não adianta coletar uma semente, se não tiver para quem vender”, observa Denivaldo Laurindo, morador da Comunidade Boa Nova e participante do Projeto Rede de Coletores de Sementes, que engloba a coleta, beneficiamento, armazenamento e comercialização das sementes nativas. A iniciativa é realizada pela MRN em parceria com a Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (Coopprojirau), a Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS) e o Redário, articulação de redes e grupos de coletores de sementes do Brasil.
O impacto positivo na perspectiva da transformação de realidades é reforçado por Silvana Evangelista Vinente, presidente da presidente da Associação da Comunidade Sagrado Coração de Jesus Saracá (ACSCJS). “A área vai ficar reflorestada e a gente vai ter história para contar para os nossos netos e bisnetos”, comenta.
Segundo o diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN, Vladimir Moreira, o reflorestamento e a recuperação de áreas mineradas não são apenas uma responsabilidade ambiental, mas uma atividade que favorece diretamente as comunidades e o futuro da região. “Seguimos ampliando nossas ações de restauração ecológica, reforçando que a preservação da biodiversidade e o uso responsável dos recursos naturais são fundamentais para a MRN. O sucesso dessas atividades garante a construção de um legado socioambiental da região”, acredita.
LAGO BATATA
Entre as ações que marcam o compromisso com a sustentabilidade, está a recuperação do Lago Batata, que completa 36 anos de restauração em 2025. A área, impactada com disposição de rejeitos no passado, passou por um amplo programa de recuperação conduzido pela MRN em parceria com universidades, especialistas e comunidades locais.
Na área, mais de 800 mil mudas de espécies nativas foram plantados, restaurando 120 hectares de igapó, agora com presença de flores, frutos, aves e répteis. Além da recuperação ecológica, o programa contempla oito projetos socioambientais que beneficiam mais de 80 famílias da região.
O professor Francisco Esteves, professo titular em Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) detalhou os projetos de pesquisas realizadas ao longo dos anos e que marcam os 46 anos da MRN. “Foram feitas várias e incontáveis pesquisas porque era um projeto e pesquisa inéditas no Brasil e no mundo. Hoje, nós comemoramos com total sucesso o igapó que hoje oferece os seus serviços como se fosse um igapó natural. Nós ‘aceleramos’ a natureza com a circulação de nutriente, reposição da matéria orgânica e hoje as plantas florescem”, explica.
Guido Germani destaca o importante papel da MRN para a recuperação e preservação da natureza na Amazônia. No ano em que o Brasil recebe a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), ele enfatiza que a produção da bauxita é estratégica para a transição enérgica justa enérgica justa e, sobretudo, essencial para o desenvolvimento de outros setores produtivos do país, como os de transporte, construção civil, embalagens, além de bens de consumo. “Vivemos um momento estratégico para o setor da mineração no país. Com a aproximação da COP30, que será realizada no Pará, temos uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que o país pode liderar cadeias industriais sustentáveis, apresentando diferenciais como uma matriz energética limpa e projetos que proporcionem o desenvolvimento sustentável das comunidades e agreguem valor para a região”, completa o CEO da MRN.
Imagens: Divulgação/Ascom/MRN