Com menos oferta no mercado, caixa de 26 quilos chegou a ser vendida por R$ 60.
Por Nosso Campo, TV TEM
A estiagem prolongada reduziu a produtividade das lavouras de batata-doce e fez o preço da raiz disparar no oeste paulista. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, a região é a maior produtora do estado, com mais de 4,5 mil hectares plantados no último ano.
Em Caiabu (SP), o produtor Sadão Suyama cultiva a variedade mineirinha há quase 50 anos e conta que a seca de dez meses prejudicou a formação dos tubérculos. Em 2025, a falta de chuva limitou o avanço das plantações e reduziu a produtividade em várias propriedades. Sem irrigação, ele colhe menos da metade do volume esperado por alqueire.
A estiagem também afetou a qualidade da raiz. O engenheiro agrônomo Edgard Henrique Costa Silva explica que o tamanho e a casca da batata-doce mostram os efeitos do clima. Muitos produtores adiaram a colheita, o que aumentou o risco de pragas e perdas.
Em Álvares Machado (SP), o agricultor Luiz Rocha cultiva 70 hectares com quatro variedades. Entre elas, a cambará, de casca rosada e polpa amarela. Segundo ele, 90% das lavouras da região dependem apenas da chuva, sem sistemas de irrigação.
Com a produção reduzida, o preço da caixa de 26 quilos subiu de R$ 14, no ano passado, para R$ 60 neste ano. Apesar da alta, Edgard alerta que o aumento pode atrair novos produtores e provocar uma superoferta, derrubando os valores nos próximos meses.
Foto: Reprodução/TV TEM









