O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, na segunda-feira (3), o quilombo Itacoã-Miri, localizado a cerca de 120 km de Belém (PA). Em um gesto simbólico e de aproximação com as comunidades tradicionais, o presidente participou do manejo do açaí, ajudou a debulhar os cachos e experimentou o fruto produzido pelos quilombolas.
Durante a visita, Lula conheceu também um robô capaz de escalar palmeiras e colher o açaí, tecnologia desenvolvida para reduzir acidentes e aumentar a produtividade dos extrativistas, que muitas vezes enfrentam riscos ao subir nas árvores para a coleta do fruto.
Em diálogo com os moradores, o presidente destacou a importância de fortalecer políticas públicas voltadas às comunidades tradicionais e de valorizar quem vive e protege a floresta amazônica.
“A floresta só fica em pé porque tem gente morando nela, cuidando dela. É preciso garantir que essas pessoas tenham renda, crédito e assistência para viver bem”, afirmou Lula.
A agenda faz parte de uma série de compromissos do governo federal no Pará, às vésperas da COP-30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada em Belém. O objetivo é aproximar o debate internacional da realidade local da Amazônia e dar visibilidade aos povos que mantêm suas tradições e contribuem para a preservação ambiental.
Após deixar o quilombo, o presidente seguiu para o assentamento agroextrativista da Ilha Grande, também no Pará, onde voltou a acompanhar o funcionamento do robô e reforçou que a sustentabilidade ambiental deve caminhar junto com o desenvolvimento econômico e social das populações amazônicas.
“Preservar o meio ambiente não é impedir o progresso, é fazer com que ele aconteça de forma justa e sustentável”, concluiu.









