O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, considerado o número dois da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso pela Polícia Federal nesta nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes milionárias contra aposentados e pensionistas do INSS.
A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e posteriormente convertida em prisão domiciliar. Adroaldo Portal também foi afastado do cargo por decisão judicial, enquanto avançam as investigações.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema criminoso consistia na aplicação de descontos associativos indevidos diretamente nos benefícios previdenciários, realizados sem autorização dos segurados. As cobranças ilegais atingiram milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.
As investigações apontam que o grupo atuava de forma estruturada, com acesso a sistemas públicos e possível facilitação interna, o que elevou o prejuízo causado às vítimas.
MANDADOS EM VÁRIOS ESTADOS
Nesta etapa da operação, agentes federais cumpriram dezenas de mandados de busca e apreensão e de prisão em diversos estados brasileiros e no Distrito Federal. A ofensiva mira crimes como:
- Organização criminosa
- Estelionato previdenciário
- Inserção de dados falsos em sistemas públicos
- Ocultação e lavagem de patrimônio
Segundo a PF, os valores desviados podem chegar a cifras bilionárias, configurando um dos maiores esquemas de fraude já identificados no âmbito da Previdência Social.
INVESTIGAÇÃO SEGUE EM ANDAMENTO
A Operação Sem Desconto já resultou na prisão de outros envolvidos em fases anteriores e, segundo a Polícia Federal, novas medidas judiciais não estão descartadas. O caso amplia a pressão sobre o governo federal e expõe fragilidades nos mecanismos de controle do sistema previdenciário, justamente em um setor que lida com recursos destinados à população mais vulnerável.
O Ministério da Previdência ainda não divulgou posicionamento oficial detalhado sobre o caso até o fechamento desta matéria.
Fontes: CNN, G1 e UOL/Imagem: Reprodução










