domingo, setembro 7, 2025
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Acordo no Pará garante reajuste mais leve nas passagens de barco para o Marajó

O Governo do Estado do Pará conseguiu intermediar um acordo importante que garante um reajuste menor nas passagens de barco entre Cachoeira do Arari e localidades do Marajó. A tarifa, que atualmente é de R$ 40, passará para R$ 45 a partir de 1º de outubro. O aumento será de apenas R$ 5, metade do que havia sido inicialmente proposto pelas empresas de transporte, que pediam elevação para R$ 50.

A negociação envolveu a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará (Artran), a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), representantes das empresas e lideranças de 13 comunidades quilombolas e ribeirinhas do Rio Arari. O acordo foi firmado após pedido das comunidades tradicionais, que alertaram para os impactos de um aumento maior no orçamento das famílias que dependem diariamente do transporte hidroviário.

Durante a reunião também foram definidas regras para garantir mais organização e justiça no serviço. Pelo menos 15% dos assentos deverão ser reservados para passageiros que têm direito à gratuidade, desde que cheguem ao porto com 30 minutos de antecedência. Além disso, cada passageiro poderá embarcar com até quatro volumes, que precisam caber debaixo do assento, reforçando que o transporte é destinado a pessoas e não a cargas.

O diretor-geral da Artran, Luciano Dias, destacou que o resultado representa equilíbrio entre as necessidades das empresas e os direitos da população, já que o reajuste ficou em um patamar justo e sem pesar excessivamente no bolso dos usuários. Para a representante das comunidades quilombolas, Brenda Miranda, a negociação foi uma vitória: segundo ela, reduzir o aumento para a metade do que estava previsto trouxe tranquilidade e foi um avanço importante. O gerente de Promoção dos Direitos Quilombolas da Seirdh, Valdinei Gomes, também ressaltou a importância do diálogo entre governo e sociedade civil para chegar a soluções que beneficiem a todos.

O transporte hidroviário é essencial para o Marajó, uma das maiores ilhas fluviais do mundo, onde rios e igarapés são as principais vias de circulação. Por isso, o acordo tem grande relevância para milhares de pessoas que utilizam as embarcações para trabalhar, estudar, acessar serviços básicos ou se deslocar entre comunidades. O reajuste menor significa não apenas alívio financeiro, mas também valorização das demandas locais e respeito ao direito de participação das comunidades tradicionais.

Com esse resultado, o governo reforça o compromisso de manter o transporte mais acessível e sustentável, equilibrando os custos operacionais das empresas com a necessidade de garantir que a população marajoara continue viajando com segurança, preço justo e mais dignidade.

Imagem: Agência Pará

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