quinta-feira, setembro 4, 2025
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Agô Pulsar Afro-Amazônico chega ao Pará com espetáculo de dança contemporânea

Belém e Ananindeua recebem apresentações gratuitas do projeto de 3 a 7 de setembro.

O Pará recebe pela primeira o projeto Agô Pulsar Afro-Amazônico, que leva dança contemporânea, poesia e simbolismo cultural às periferias da Amazônia. Entre os dias 2 e 7 de setembro, o público de Belém e Ananindeua poderá assistir gratuitamente a segunda etapa do espetáculo Agô, que narra histórias de corpos negros e indígenas, refletindo sobre identidade, ancestralidade e justiça social.

Coordenado pelo amazonense Cairo Vasconcelos e realizado pela Menina Miúda Produções Artísticas, o projeto conta com patrocínio da Vale e apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A circulação pelo Pará inclui apresentações em praças e escolas, além de oficinas e vivências culturais.

“O Pará é um território fundamental para essa narrativa. Nossa arte encontra aqui um público que vive e resiste diariamente aos desafios sociais e culturais da Amazônia. Queremos que cada apresentação seja um espaço de diálogo e pertencimento”, afirma Vasconcelos.


O projeto também prioriza a acessibilidade, com sessões que contarão com audiodescrição para pessoas com deficiência visual.

Arte, memória e território

Mais do que um espetáculo, o Agô Pulsar Afro-Amazônico é uma iniciativa de arte e educação que busca ocupar espaços públicos periféricos com performances comprometidas com o tempo presente e com as urgências sociais. Escolas, praças e comunidades urbanas se tornam palcos de reflexão e resistência artística.

A motivação do projeto vem de dados alarmantes sobre violência na região Norte. Segundo o Atlas da Violência 2024, mais de 90% das vítimas de homicídios entre jovens no Amazonas e no Pará são negros. Frente a esse cenário, o Agô surge como forma de protesto e afirmação cultural.

Dança contemporânea com influências afro e indígenas

O espetáculo combina dança contemporânea com influências afro e indígenas, figurinos inspirados no ancestral, sonoridades amazônicas e elementos que remetem à floresta, aos Orixás e aos saberes tradicionais. Com duração de 45 minutos, é dividido em nove cenas que abordam opressão, resistência, memória, violência e esperança.

Para o coreógrafo Wilson Junior, cada elemento de Agô transmite mensagens presentes nas narrativas e expressões coreográficas, envolvendo folclore, cotidiano e tradições amazônicas. “O Agô é uma expressão que articula o corpo como território sagrado, em que a dança se configura como um ritual permanente de resistência, em diálogo com a natureza, com os encantados, com os Orixás e saberes milenares”, explica.

Saiba mais sobre a produção do espetáculo
Fundada em 2019, a Menina Miúda Produções Artísticas atua como um polo criativo que enxerga as artes cênicas como ferramenta de transformação social. Reconhecida pela articulação entre arte e educação, a produtora já realizou obras como Dois Irmãos (2023), Amélia (2024) e Menina Miúda (2025). O Agô marca uma fase madura da produtora ao colocar corpos negros e indígenas no centro da cena e promover conexões entre territórios da região Norte.

Incentivos que impulsionam o espetáculo e fomentam a cultura

O projeto Agô Pulsar Afro-Amazônico é assinado pela Menina Miúda Produções Artísticas. E por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com patrocínio da Vale e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

A Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é a maior apoiadora privada da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

Para fortalecer sua atuação na Cultura, em 2020 foi criado o Instituto Cultural Vale, que já esteve ao lado de mais de mil projetos em todo o país, com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). 

Confira a programação no Pará:

Dia 3 de setembro (quarta-feira), em Ananindeua

15h30 – Apresentação e oficina na Escola EEEFM Francisco do Nascimento Paulo Mendes (Rua SN Dois, 256 – Icuí-Guajará)

Dia 4 de setembro (quinta-feira), em Ananindeua

19h – Apresentação do espetáculo no Parque Cultural Vila Maguari (Estrada do Maguari, 3360 – Maguari)

Dia 5 de setembro (sexta-feira), em Belém

19h – Apresentação na Quadra do Conjunto da Vila da Barca (Telégrafo)

Dia 6 de setembro (sábado), em Belém

9h30 – Apresentação e oficina no Instituto Kauí, em parceria com a Igreja São Judas Tadeu e a EEEFM Monsenhor Azevedo (Av. Alcindo Cacela, 4195 – Condor)

Serviço:
Agô Pulsar Afro-Amazônico apresenta espetáculo inédito de dança contemporânea no Pará. Dias 03 e 04 de setembro em Ananindeua. Dias 05 e 06 de setembro em Belém.

Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada: Gratuita

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