O ex-presidente da Bolívia Evo Morales informou, neste domingo (27), que o veículo que o levava à emissora onde costuma apresentar seu programa de fim de semana foi atingido por 14 tiros, disparados por desconhecidos que feriram o motorista do político.
O antigo mandatário declarou à rádio Kawsachun Coca que a perseguição a seu veículo por outros dois em que viajavam os agressores ocorreu às 6h25 (hora local), no trajeto entre a cidade de Villa Tunari e Lauca ÑÑ, no Trópico de Cochabamba.
Morales disse que observou que dois ou três caminhões seguiam seu carro, então seu motorista “desviou” sua rota, mas a perseguição não parou.
– Foi quando percebi que era uma operação. Fiquei surpreendido, felizmente salvamos nossas vidas – disse o ex-presidente que disse ter contado ao menos 14 tiros.
O acontecimento foi registrado em um vídeo de quatro minutos filmado por uma mulher que estava no carro com Morales e que mostra parte do ocorrido.
– Desça, desça, desça! – disseram a Morales os dois ocupantes do veículo, enquanto o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) falava ao telefone tentando alertar sobre o que estava acontecendo.
A filmagem é interrompida por um momento, depois Morales se refere ao fato de terem que trocar de veículo, pois o anterior estava danificado e com o pneu furado por causa de um tiro.
É quando os ocupantes percebem que o motorista que conduz o veículo está sangrando na cabeça, enquanto buzina insistentemente para passar por um trecho da via com muito trânsito.
Depois, o líder do partido no poder abre a janela e alerta os membros da comunidade de que foram baleados e pede-lhes que bloqueiem a estrada para que seus perseguidores não possam passar.
Após o ocorrido, Morales destacou o ocorrido ao governo de Luis Arce e disse que “hoje foi cumprido” o plano para tentar matá-lo, depois que fracassaram as tentativas de destruí-lo politicamente e processá-lo judicialmente”, afirmou.
Esses fatos ocorrem no dia que marca duas semanas do bloqueio indefinido de estradas que os seguidores de Morales mantêm para exigir que o governo retire os processos judiciais por tráfico de pessoas e estupro contra Evo Morales, que consideram parte de uma perseguição política.
*EFE
Fonte: Pleno News/Foto: EFE/Martin Alipaz